O Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses) foi eleito o terceiro melhor do mundo e o melhor da América Latina, destacando-se pelo seu modelo de governança, transparência e impacto positivo no desenvolvimento econômico do Estado. O destaque capixaba está em um estudo feito pelo Instituto de Estudos de Fundos Soberanos (IEFS), que avaliou 100 fundos em todo o Planeta. Juntos, os fundos avaliados somam um patrimônio estimado de U$ 11,8 trilhões.
O Fundo Soberano do Espírito Santo foi criado em 17 de junho de 2019 e logo se consolidou como uma iniciativa inovadora e pioneira no Brasil. Sob a liderança do governador Renato Casagrande (PSB) e com a participação decisiva do deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), à época secretário de Estado Governo e atualmente secretário de Estado da Saúde, o fundo foi estruturado para garantir investimentos estratégicos e sustentáveis para o futuro do Espírito Santo.
Para Tyago Hoffmann, a conquista reforça o compromisso do Espírito Santo com a inovação e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos. “Tive a honra de liderar a criação do Fundo Soberano ao lado do governador Renato Casagrande, e ver o Espírito Santo sendo reconhecido globalmente por essa iniciativa é motivo de grande orgulho. O fundo é uma ferramenta essencial para garantir investimentos estratégicos e para impulsionar o crescimento sustentável do nosso Estado”, pontuou o secretário Tyago.
O reconhecimento internacional demonstra a solidez e a eficiência do Fundo Soberano do Espírito Santo, consolidando-o como referência para outras unidades da federação e reforçando a capacidade do estado de planejar o futuro com responsabilidade e inovação.
Ao Folha Vitória, o governador em exercício Ricardo Ferraço (MDB) aponta que os resultados refletem o compromisso do estado com o avanço tecnológico, aumento da produtividade e a geração de impacto produtivo e social para os próximos anos. “Esta avaliação qualifica o nível de organização do nosso Espírito Santo. É, também, um atestado do nível de governança e eficiência”, disse Ricardo.
O Ranking Global de Fundos Soberanos 2025, desenvolvido pelo IEFS, avaliou 100 fundos em 69 países de todos os continentes, sendo o primeiro fundado em 1854 e o mais recente em 2024. O estudo utiliza a ferramenta inédita MAFS (Matriz de Avaliação de Fundos Soberanos) para avaliar 20 itens de verificação e confirmar se o fundo analisado possui elevados padrões de governança, transparência e estrutura. Para cada item, é atribuído um ponto na classificação geral.
O NBIM (Norges Bank Investment Management ou Fundo Soberano da Noruega) conquistou a primeira colocação no Ranking Global de Fundos Soberanos 2025 com o total de 17/20 pontos (17 pontos de 20 pontos possíveis). Já o Funses está na terceira posição global, com o total de 15/20 pontos – mesma pontuação de fundos de países como Estados Unidos, Bélgica e Grécia.
O diretor do Instituto de Estudos de Fundos Soberanos (IEFS), o economista Eduardo Bassin, disse ao Folha Vitória que o Funses se destaca nos itens de verificação relacionados à transparência e governança.
“O Fundo Soberano do Espírito Santo atende à maioria dos critérios, o que reforça sua posição como modelo de gestão. Em dois itens especificamente, de auditorias privadas e de gestores sujeitos à mandato, é o único do país a pontuar. Já entre as melhorias, ou seja, pontos que o Funses não tem – ou não há informação essa disponível publicamente no site oficial – está a participação da sociedade civil em seu Conselho. Hoje, no Brasil, o único fundo que conta com um representante da sociedade civil é o de Ilhabela”, comenta Bassin.
Na classificação por localização geográfica, o Funses liderou o ranking da América Latina, que teve 14 fundos analisados em sete países. Entre os destaques, o item de verificação “Código de Conduta”, em que apenas o Fundo Soberano do Espírito Santo pontuou regionalmente.
“Dos 100 fundos avaliados, apenas 41 mostraram evidências de possuir um código de conduta. […] Na América Latina (que conta com 14 fundos), apenas 7% dos fundos avaliados mostram evidências de possuir o citado documento, ou seja, um fundo (Fundo Soberano do Espírito Santo)”, detalha o estudo.