Quando foi eleito presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, em 1º de fevereiro de 2023, o deputado Marcelo Santos (União Brasil) afirmou, no discurso de posse, que seu compromisso era o de garantir um Legislativo harmônico, participativo, acompanhando a tendência do mundo moderno, coesa e sempre voltada para os interesses do Estado e da população capixaba. E mais: deixou claro que iria trabalhar em conjunto com o governador Renato Casagrande (PSB) e que todos os deputados exerceriam os respectivos mandatos de forma constitucional.
E conseguiu. Ao receber a reportagem do ‘site’ Blog do Elimar Côrtes, na manhã desta segunda-feira (18/11), no Gabinete da Presidência da Ales, na Enseada do Suá, em Vitória, Marcelo Santos fez um balanço desses quase dois anos de gestão, falou do seu futuro políticos, dos investimentos que o previstos pelo Governo do Estado dentro da Lei Orçamentária de 2025 e admitiu que vai concorrer à reeleição da Presidência da Assembleia Legislativa em fevereiro de 2025:
“Essa é uma questão que nós vamos discutir logo após a votação da peça orçamentária, que é quando termina o ano legislativo. Eu recebo os meus colegas de deputados aqui, me estimulando, inclusive, a disputar a reeleição. Mas, para isso, nós temos que terminar o nosso compromisso com o cidadão capixaba, que é o de votar as matérias de interesse…E, a partir daí, nós vamos nos debruçar sobre a eleição interna, que é um assunto interno da Assembleia. Mas não está fora dos meus planos disputar a reeleição. O que eu preciso é dialogar com os meus colegas deputados, que têm se manifestado espontaneamente para que eu coloque o nome, para traçarmos juntos um projeto que nós queremos para o próximo biênio [2025/2026]”, afirmou Marcelo.
Sobre seu futuro político, Marcelo Santos disse que vai buscar voos maiores nas eleições de 2026: “Eu já tracei esse plano de voo desde quando terminou a última eleição, onde eu me consagrei vencedor, tendo mais uma vez um dos deputados mais votados do Espírito Santo…Então, nós traçamos um plano de voo maior, com a minha equipe, meus colaboradores políticos, as lideranças de todas as regiões do Espírito Santo, de que o nosso projeto para 2026 é chegar à Câmara dos Deputados”.
O presidente da Ales abordou também a sucessão de Renato Casagrande, em 2026, e até arriscou o futuro do atual governador: o Senado Federal. “Na verdade, a partir do próximo ano, essas conversações, as articulações [sucessão de Casagrande] começam. Lógico que em menor proporção, mas é natural que as conversas vão aumentando a cada dia que passa. O governador Renato Casagrande vai ser o coordenador, naturalmente, da sua sucessão. Possivelmente, ele vai disputar o mandato de senador da República, vai ter o nosso apoio e vai coordenar a sucessão…Apresentando o nome, ele tem um sucessor natural, que é o vice-governador Ricardo Ferraço”.
Blog do Elimar Côrtes – Qual a avaliação que o senhor faz desses quase dois anos na Presidência da Assembleia Legislativa?
Marcelo Santos – Eu vejo a cada dia que passa, com os resultados que nós temos da nossa gestão, e que eu gosto sempre de frisar que é uma gestão compartilhada, onde eu divido todos os resultados com os meus colegas deputados, que nós estamos no caminho certo. Agora, recentemente, pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), recebemos o título de Assembleia mais transparente do Brasil, o Poder mais transparente do Espírito Santo. Isso é um sinal muito claro de que nós estamos no caminho certo, porque, se você não tem transparência nas suas ações, não adianta ficar anunciando a frieza de números, e nós somos um Poder transparente. Somos transparentes ao lado dos meus colegas deputados.
Temos também auxiliado o Espírito Santo a crescer e desenvolver. Então, a avaliação que eu faço nesses quase dois anos, à frente aqui da Assembleia Legislativa, é que nós estamos fazendo muito para o crescimento e desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. De que forma? Melhorando as nossas estradas, autorizando o Governo a fazer investimentos de infraestrutura, na saúde, na educação, na segurança pública. E por mais que já tenhamos feito muito, muito ainda há de ser feito. Agora, recentemente, eu recebi a peça orçamentária, que teve um crescimento de R$ 4,5 bilhões na receita. Nós vamos chegar à casa dos R$ 29 bilhões e a matéria já está em tramitação. E é o papel único e exclusivo da Assembleia Legislativa avaliar esse orçamento, votar, propor emendas e depois devolver para o governador Renato Casagrande, autorizando a ele a fazer todas as ações que são necessárias e ampliar ainda mais ações para o ano de 2025. Ou seja, a Assembleia é parceira do Governo do Estado, das instituições e dos Poderes, mas o principal parceiro da Assembleia Legislativa é o povo do Espírito Santo. Então, o resultado eu comemoro porque os índices falam por si só.
– Essa performance positiva faz com que o senhor tente o segundo mandato como presidente da Ales?
– Essa é uma questão que nós vamos discutir logo após a votação da peça orçamentária, que é quando termina o ano legislativo. Eu recebo os meus colegas de deputados aqui, me estimulando, inclusive, a disputar a reeleição. Mas, para isso, nós temos que terminar o nosso compromisso com o cidadão capixaba, que é o de votar as matérias de interesse. Eu estou falando de redução de alíquota do ICMS do café conilon. Vamos fazer com que o ICMS do café conilon possa ter uma competição igualitária com os Estados que têm uma alíquota menor, garantindo com que nós possamos ter investimentos na área de infraestrutura, como eu disse anteriormente. Então, todo esse compromisso com o povo do Espírito Santo precisa finalizar nesse ano. E, a partir daí, nós vamos nos debruçar sobre a eleição interna, que é um assunto interno da Assembleia. Mas não está fora dos meus planos disputar a reeleição. O que eu preciso é dialogar com os meus colegas deputados, que têm se manifestado espontaneamente para que eu coloque o nome, para traçarmos juntos um projeto que nós queremos para o próximo biênio [2025/2026].
– Presidente, 2026 está logo ali. Qual é o seu futuro político? O senhor pretende alçar voos mais altos?
– Com certeza. Eu já tracei esse plano de voo desde quando terminou a última eleição, onde eu me consagrei vencedor, tendo mais uma vez um dos deputados mais votados do Espírito Santo. Entendo que isso foi um recado da minha vida. E, no final das urnas, dizendo que reconhece o nosso trabalho. Eu sou muito grato a isso. Afinal, são seis mandatos consecutivos interruptos. E eu sou muito grato ao povo do Espírito Santo, que confia no nosso trabalho. Então, nós traçamos um plano de voo maior, com a minha equipe, meus colaboradores políticos, as lideranças de todas as regiões do Espírito Santo, de que o nosso projeto para 2026 é chegar à Câmara dos Deputados. E eu estou focado nesse projeto, mas eu não deixo, não coloco ele em primeiro lugar. Primeiro lugar é a atividade parlamentar que nós estamos exercendo e precisamos fazer muito mais entrega ao povo do Espírito Santo.
– Como o senhor analisa as articulações, nesse momento, para a sucessão do governador Renato Casagrande? Ou está longe ainda?
– Na verdade, a partir do próximo ano, essas conversações, as articulações, começam. Lógico que em menor proporção, mas é natural que as conversas vão aumentando a cada dia que passa. O governador Renato Casagrande vai ser o coordenador, naturalmente, da sua sucessão. Possivelmente, ele vai disputar o mandato de senador da República, vai ter o nosso apoio e vai coordenar a sucessão. O que, naturalmente, o governador precisa – e ele já vai fazer isso a partir de janeiro de 2025 –, é dialogar com as forças políticas. Apresentando o nome, ele tem um sucessor natural, que é o vice-governador Ricardo Ferraço, que vai assumir o Governo do Estado a partir do momento que o governador se desvincular do Governo para disputar uma eleição majoritária que é de senado. E aí o Ricardo, ao assumir o governo, naturalmente, tem o direito de disputar a reeleição. E, com a coordenação da sua sucessão feita pelo governador Renato Casagrande, naturalmente, ele vai criar uma musculatura política para se colocar à disposição da população.
– Como está o processo de concurso para a contratação de servidores da Assembleia Legislativa?
– O concurso já está em fase final. Possivelmente, nesta semana nós teremos novidade aqui para anunciar ao povo do Espírito Santo. Iniciamos com um modelo. Visitamos Brasília, Câmara dos Deputados e Senado para entender o modelo de concurso que eles aplicam. Copiamos, estamos aperfeiçoando, finalizamos e vamos apresentar ao povo capixaba ainda nessa semana. Nós estamos trabalhando com 35 vagas. E é esse detalhe que nós vamos fechar essa semana aqui para publicar o edital.
– Quais são suas considerações finais?
– Olha, o que eu posso te dizer aqui é reafirmar o nosso compromisso com o povo do Espírito Santo. Eu estou muito feliz em poder presidir a Assembleia Legislativa nesse momento porque, ao longo desse tempo todo, nós tínhamos um limitador de exercer plenamente o nosso mandato. De fazer com que as Comissões pudessem estar debatendo na sua temática tudo aquilo que é de interesse público. Estou falando de Comissões da Saúde, de Segurança Pública, de Turismo, de Lazer, de Infraestrutura, Comissão de Cultura, Comissão de Assistência Social, de Proteção e Bem-Estar Animal. Todas as Comissões, por mais que os deputados se esforçassem ao máximo, elas tinham um limitador. Nós rompemos esse limitador para dar condição aos deputados promoverem os grandes debates, ouvindo os anseios da população. Dando fortalecimento às Comissões e também aos mandatos parlamentares. Então, a Assembleia Legislativa que eu presido hoje é a Assembleia mais transparente do Brasil. Foi a primeira Assembleia digital do País. É uma Assembleia cidadã, que você tem aqui Delegacia de Defesa do Consumidor, tem o Procon, a Defensoria Pública, você tem aqui a Procuradoria da Mulher. Temos aqui um posto da Polícia Científica para tirar a Carteira de Identidade ou segunda via dela. Ou seja, é Assembleia está de portas abertas para a população.
O que eu não posso admitir é que um Poder que protagoniza tanto em prol do Espírito Santo não tivesse a condição de prover ainda mais. Então, hoje nós temos uma Assembleia que as pessoas sabem o papel dela, conhecem o deputado, sabem a atividade de cada um, sabem que ela é parceira do povo do Espírito Santo. E, ao lado do governador Renato Casagrande, nós temos feito nessa gestão a maior entrega de todos os tempos. Mesmo numa Assembleia que tem uma composição maior de direita e de esquerda. Mesmo tendo isso, num cenário nacional onde não há o respeito entre os parlamentares, seja na Câmara dos Deputados ou no Senado, aqui na Assembleia Legislativa temos os parlamentares que têm suas posições ideológicas, suas convicções, promovem os debates, mesmo não concordando com a opinião de um colega. Mas entre esse debate, concordar ou não, existe uma palavra chamada respeito, que é o que está balizando as nossas ações e fazendo com que a Assembleia seja essa grande protagonista aqui no Espírito Santo.