O Espírito Santo é o Estado que mais avançou na produção industrial, na passagem de agosto parta setembro de 2024, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional divulgados na quinta-feira (07/11), divulgados pelo IBGE. O aumento da indústria capixaba é de (2,4%), bem acima da média nacional, que foi de 1,1%. Em seguida vem Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%). Pelo menos 15 Estados foram pesquisados.
Na comparação com setembro de 2023, a indústria brasileira avançou 3,4% e as taxas positivas foram verificadas em 14 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses houve alta de 2,6%, com 17 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos, enquanto o índice acumulado no ano teve expansão de 3,1%, com resultados positivos em 17 dos 18 locais observados.
Paraná (0,9%), São Paulo (0,9%) e Mato Grosso (0,7%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em setembro de 2024. Na contramão, Ceará (-4,5%), Amazonas (-3,1%) e Pernambuco (-2,6%) apontaram os recuos mais intensos. Bahia (-1,6%), Minas Gerais (-1,2%), Rio de Janeiro (-1%), Pará (-0,8%) assinalaram os demais resultados negativos do mês.
No acumulado do ano, a expansão de 3,1% foi acompanhada por resultados positivos em 17 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (9,3%) registrou o avanço mais acentuado. A média móvel trimestral foi positiva em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados registrados por Espírito Santo (2,2%), Mato Grosso (1,2%), Goiás (0,9%) e Minas Gerais (0,9%). Por outro lado, Pará (-2,8%) e Bahia (-1,1%) mostraram os principais recuos em setembro de 2024.
Espírito Santo (2,4%) e Goiás (2,4%) apresentaram os avanços mais acentuados, após recuarem no mês anterior: -0,9% e -0,4%, respectivamente. Analista da PIM Regional, Bernardo Almeida explica que no caso do Espírito Santo, o crescimento se dá por conta do setor extrativo, muito atuante na indústria capixaba. Já em Goiás, ele atribui aos “setores extrativo e metalúrgico agindo positivamente sobre o comportamento da indústria do estado. Esta taxa é a mais intensa desde dezembro de 2023, quando atingiu 2,6%”.
Espírito Santo cresceu 5% ao longo de 12 meses
A pesquisa divulgada pelo IBGE ainda revelou que o Espírito Santo teve um desempenho positivo em todas as bases de comparação: mensal comparada ao mês anterior (2,4%), mensal comparada ao mesmo mês do ano anterior (0,8%), acumulada no ano (0,2%) e acumulada em 12 meses (5%). No acumulado em 12 meses até agosto, o Estado obteve os seus melhores indicadores. Nesse período, a indústria extrativa foi a que mais cresceu (6,3%). Já indústrias de transformação cresceu 2,7%, impulsionada pelo bom desempenho da:
- 4,3% Metalurgia
- 3% Fabricação de celulose, papel e produtos de papel
- 2% Fabricação de produtos alimentícios
- 0,5% Fabricação de produtos de minerais não metálicos
“Estamos vendo uma indústria que, mesmo diante dos desafios diários, vem se adaptando e crescendo. São 19,2 mil indústrias que geram quase 252 mil empregos formais. Quando a indústria cresce, ela faz com que todo o seu entorno cresça junto, ou seja, demanda mais fornecedores, além de gerar mais empregos e renda para a população”, comentou o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona.
Todos os segmentos industriais capixabas tiveram bom desempenho em setembro. Os resultados positivos da indústria extrativa, composta pela produção de minério e de petróleo e gás natural, que cresceu 3,6%, e da indústria de transformação, que teve alta de 0,5%, explicam o bom desempenho da indústria geral.
“Observamos em setembro um aumento na produção de petróleo no Espírito Santo segundo a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP). Foram extraídos 158,2 mil barris por dia, volume 5,6% maior do que registrado no mês anterior. Já a produção média de gás natural foi de 3,5 milhões de metros cúbicos por dia, resultado 0,4% acima da produção de agosto”, comenta a gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva.
Já dentro dos segmentos que compõem a indústria da transformação, tivemos maior produção de produtos de minerais não-metálicos (3,3%) e de alimentos e bebidas (0,8%). Por outro lado, houve recuo na fabricação de celulose, papel e produtos de papel (7,5%), após ter crescido 4,4% em agosto, e na metalurgia (-0,8%), após três meses de altas consecutivas.
“Os dados da PIM-PF mostraram um ganho de ritmo da produção industrial capixaba em setembro. No mês, tanto a indústria extrativa quanto a indústria de transformação, influenciaram positivamente a alta da produção industrial no Estado, permitindo com que o desempenho da nossa indústria capixaba fosse acima da média nacional. Além disso, estamos observando que a indústria de transformação estadual segue em recuperação”, aponta Marília Silva.
Maior parque industrial do País, São Paulo avançou 0,9% em setembro, abaixo da média nacional. “Esse avanço vem depois de dois resultados negativos, que acumularam uma perda de 2,4%. Em setembro, o setor de derivados do petróleo foi o que mais contribuiu para o comportamento da indústria paulista”. Após este resultado, São Paulo encontra-se 1,5% acima do patamar pré-pandemia da Covid/19, de fevereiro de 2020, e 21,4% abaixo do patamar mais alto, alcançado em março de 2011.