O procurador-geral do Município de Presidente Kennedy, Rodrigo Lisboa Correa, registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil em que afirma ter sido ameaçado de morte pelo miliciano Gilbert Wagner Antunes Lopes, o Waguinho Batman, que teve a prisão decretada pela Justiça pela acusação de ser o mandante do assassinato do vereador Marcos Augusto Costalonga, de 49 anos, conhecido como Marquinhos da Cooperativa (PL), ocorrido há três anos. O registro feito por Lisboa, um dos mais conceituados advogados do Espírito Santo, foi na terça-feira (11/06), um dia depois que a Polícia Civil foi à residência de Waguinho Batman para prendê-lo, mas não o encontrou. O acusado do mando do crime contra o vereador encontra-se foragido. As investigações do assassinato ocorreram no âmbito da Operação Gatepost
Rodrigo Lisboa relata que a ameaça teria ocorrido no dia 3 de maio deste ano. Inicialmente, Waguinho Batman, que atua como empresário em municípios do Sul capixaba – ele tem empreiteiras que prestam serviços para prefeituras e possui estreitas ligações com alguns políticos de Marataízes e Itapemirim –, telefonou para o celular do advogado. Lisboa não atendeu porque estaria dormindo. Ao acordar, no entanto, o advogado mandou uma mensagem por escrito para o miliciano, que respondeu estar “tudo bem”, Depois, Waguinho gravou um áudio e enviou para o WhatsApp de Rodrigo Lisboa.
De acordo com Rodrigo Lisboa, Waguinho Batman, no áudio, teria sugerido que ele (Lisboa) estava apoiando as investigações da Polícia Civil sobre o assassinato do vereador Marquinhos Cooperativa. “Ora, não é a função de um procurador-geral apoiar os órgãos e instituições instados no Município em que atua?”, disse Lisboa nesta quarta-feira (12/06).
“Eu sei o que você foi fazer, eu sei o que você está falando . Estou mandando esse áudio para ficar registrado. Eu não mando recado. Eu sei o que você anda está especulando sobre meu nome. Sei que você fez pedido contra mim”, diz Waguinho Batman em um dos trechos do áudio, cujo teor completo foi entregue à Delegacia de Polícia de Presidente Kennedy.
Rodrigo Lisboa tem atuações conhecidas em vários Estados do País. Ele já advogou para governadores, ministros de Estado e diversas figuras políticas. Atuou também em diversas ações penais no âmbito das Operações Lava Jato, Patmos, Cui Bono, Sépsis, Ananconda e diversas outras. Depois de enfrentar problemas de saúde, aceitou o cargo de Procurador-Geral de Presidente Kennedy e, desde então, vem fazendo um excelente trabalho junto ao prefeito Dorlei Fontão, que está sendo reconhecido em todo o Estado do Espírito Santo. O procurador Rodrigo Lisboa está trabalhando em home-office, pois foi avisado pelas autoridades públicas que milicianos do Rio de Janeiro estariam frequentando a cidade de Presidente Kennedy para assassiná-lo.
Foram presos no âmbito da Operação Gatepost como sendo os executores do assassinato do vereador Marquinhos da Cooperativa os suspeitos Douglas da Silva Nunes, o Guigo; Pedro Romão Baptista e Rafael Miranda Louzada; o intermediário entre o mandante e os executores, Elan Martins, vulgo Tatuador; e Everaldo de Almeida Neto, o Bambu, que informou onde a vítima estava para os executores. As prisões aconteceram nas cidades de Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy. Duas armas também foram apreendidas na Operação Gatepost, realizada pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Presidente Kennedy.