O Espírito Santo vai receber investimentos da ordem de R$ 8,8 bilhões até 2027. O Estado reúne oportunidades de negócios e projetos robustos voltados para o setor de petróleo e gás natural. A previsão foi apresentada no lançamento da 6ª edição do Anuário da Indústria de Petróleo e Gás no Estado, na tarde de segunda-feira (24/04), no Palácio Anchieta, em Vitória. A estimativa tem como base um estudo feito pelo Observatório da Indústria em conjunto com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
“Em um futuro de reversão desse cenário de queda que a gente vem vivendo, fechamos, mais uma vez, o Anuário da Indústria do Petróleo com as oportunidades mapeadas para o Espírito Santo. Hoje, entre os muitos produtos que o Observatório da Indústria tem está a ‘bússola do investimento’, que mapeia os investimentos para o Estado inteiro, e, neste setor, o que temos mapeado são R$ 8,8 bilhões nos próximos anos”, disse e economista Marília Gabriela da Silva, gerente executiva do Observatório da Indústria.
O governador Renato Casagrande recebeu representantes da Findes, no Palácio Anchieta, que apresentaram os dados da expectativa de investimentos. “O setor de petróleo e gás natural é de fundamental importância para o nosso Estado, representando 20% da nossa economia. Temos investimentos públicos e privados que vão ajudar no desenvolvimento das regiões, como o recém-inaugurado gasoduto Linhares, da ES GÁS, que fez a interligação da rede de distribuição urbana do município à estrutura de transporte de gás, e o gasoduto ligando São Mateus até próximo de uma indústria de caminhões, mais ao norte do município. Esses são alguns exemplos de ações que estamos acompanhando, entregando e planejando para que o setor possa gerar mais emprego e renda para os capixabas, além de abrir mais oportunidades para nossas empresas”, afirmou o governador Casagrande.
O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, também acompanhou o lançamento do Anuário, uma publicação coordenada pela Findes, por meio do Observatório da Indústria e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPG&E). O documento tem por objetivo reunir dados e informações sobre o setor, bem como prover uma análise para que o segmento seja capaz de subsidiar novos investimentos.
“O Estado tem particularidades diferenciadas de modelos de produção que ampliam o leque de exploração. Temos um portfólio que reúne grandes empresas, empresas globais e empresas de menor porte que estão adotando o Espírito Santo para desenvolverem suas atividades e modelos de negócios. Essa variedade é muito positiva. A privatização de campos da Petrobras é uma realidade promissora, que vai permitir ampliar produção e ocupar uma capacidade ociosa. Geração de riqueza que serão retomadas e de oportunidades de trabalho”, lembrou Ferraço.
A presidente da Findes, Cris Samorini, ressalta que o Anuário antecipa cenários e apresenta projeções fundamentais para entendermos para onde caminha o segmento de petróleo e gás natural, o que contribui para o desenvolvimento do Estado.
“Se formos estratégicos e fizermos um planejamento conjunto – e o Anuário é uma ferramenta muito rica nesse processo – conseguiremos extrair o que o setor tem de melhor hoje, para gerar empregos, renda, atrair mais negócios que diversifiquem as nossas atividades e nos referenciem para o mundo. Hoje, o setor representa 4,6% do PIB capixaba, tendo uma cadeia produtiva composta por mais de mais de 520 indústrias, responsáveis pela manutenção de 12 mil empregos diretos”, apontou a industrial.
Desde a primeira edição, em 2017, o Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo possui como objetivo o fortalecimento e o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás natural no Estado por meio da análise das mais importantes variáveis do segmento, aliando o rigor técnico e informação estruturada, atualizada e confiável. Esse objetivo é alcançado com a difusão de informações que são capazes de assegurar a confiabilidade e a previsibilidade para a tomada de decisão dos atores, em especial na atração de novos investimentos para o Espírito Santo.
O documento tem versões em português e em inglês, além de um mapa oficial do setor e um Painel com os dados navegáveis. Esses produtos evidenciam a organização do Estado frente aos dados do setor mais representativo da indústria capixaba e colocam o Espírito Santo na vanguarda das discussões que envolvem a conjuntura e a regulamentação do setor em nível regional e nacional, apresentando-se como referência no debate junto com demais estados produtores, como o Rio de Janeiro e São Paulo.
Parcerias
Em sua 6ª edição, o anuário conta com o apoio de instituições como Instituto Brasileiro Petróleo (IBP) e Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), além de dois artigos de representantes relevantes do setor. O primeiro artigo trata da transição energética e o papel do setor de P&G. O texto é assinado por Roberto Ardenghy e Fernanda Delgado, presidente e diretora executiva do IBP, respectivamente.
O segundo artigo apresenta a opinião de Marcio Felix sobre a recente evolução do nível de atividade do setor no ES, trazendo as expectativas de um empresário para o documento, o que reforça o papel do anuário de consolidar informações estratégicas para subsídios nas decisões de investimentos no âmbito do setor de petróleo e gás.
Casagrande recebe troféu Amigo da Indústria
Durante o evento no Palácio Anchieta, o governador Renato Casagrande recebeu das mãos da presidente da Findes, Cris Samorini, o troféu Amigo da Indústria. A empresária destacou que a honraria se deve ao fato do governador ser “um grande incentivador das indústrias no Espírito Santo”. Casagrande agradeceu, reafirmando seu compromisso de continuar trabalhando junto com a Findes e demais entidades da sociedade:
“A Findes é uma grande parceira, responsável, profissional e muito moderna. Eu não acredito em atividade econômica sem uma indústria forte. E a atividade econômica é a soberania do País e dos Estados. A qualidade de vida, proporcionada pelas atividades econômicas, é a nossa independência”, pontuou o governador.