O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, está parabenizando os delegados e todos os demais profissionais da instituição pelos altos índices de resolutividade de crimes contra a vida no Espírito Santo. No dia 2 deste mês, o Instituto Sou da Paz divulgou a quinta edição do relatório “Onde mora a impunidade? Por que o Brasil precisa de um indicador nacional de esclarecimento de homicídios”, colocando a Polícia Civil capixaba como a sexta melhor do País, ao informar que a corporação esclareceu, até o final de 2020, 49% dos assassinatos ocorridos em 2019.
À medida que os anos se passaram, no entanto, esse índice aumentou e, até esta semana, dos 915 Inquéritos Policiais instaurados em 2019 para apurar assassinatos, pelo menos 615 foram concluídos e entregues à Justiça Estadual, para que os acusados sejam levados a Júri Popular. Ou seja, um índice de resolutividade de 71,15%, um dos maiores do Brasil. O Espírito Santo tem, portanto, um dos índices mais elevado na apuração de assassinatos, o que fez o Estado receber elogios da diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, em artigo no site Fonte Segura: “O Espírito Santo enviou dados em todas as edições, com melhora contínua em seu indicador.
A elucidação de homicídios é acompanhada mensalmente pelo governador (Renato Casagrande) no âmbito do Programa Estado Presente…Essa centralidade no âmbito da política de segurança dada ao indicador pode ajudar a explicar o movimento crescente no indicador do ES”, pontua a dirigente.
“A sociedade capixaba pode ter certeza que a Polícia Civil jamais esquece ou abandona a investigação de um crime, sobretudo, os crimes contra a vida. Nossos policiais não descansam enquanto não elucidam um homicídio. Por isso, pelos importantes índices de resolutividade conquistados, parabenizo os delegados e todos os policiais civis do nosso Estado envolvidos na luta para reduzir o número de assassinatos e acabar com a impunidade”, pontuou o delegado Darcy Arruda.
Dos 1.040 inquéritos instaurados em 2020 para investigar homicídios, 718 foram elucidados, um índice de produtividade de 69,04%. Neste ano de 2022, a produtividade da Polícia Civil capixaba na elucidação de assassinatos chega a 54,60%: foram 544 inquéritos abertos e, 297, solucionados.
Os números desmentem veementemente o candidato a governador Aridelmo Teixeira (Novo), que, em entrevista ao ES Hoje, demonstrou desconhecer a segurança pública do Estado. Ele mentiu, ao declarar ao site que a Polícia Civil capixaba está em penúltimo lugar no ranking de resolutividade de homicídios, mesmo com os dados do Instituto Sou da Paz já terem sido divulgados por toda a imprensa brasileira.
E, para corroborar com os números verdadeiros conquistados pela Polícia Civil capixaba, em artigo postado nesta quarta-feira (24/08) no Portal Fonte Segura, do Fórum de Segurança, a advogada, socióloga, Mestre em Filosofia do Direito pela USP e diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, fala sobre a metodologia desenvolvida para apuração de homicídios no Brasil e elogia diretamente o trabalho realizado no Espírito Santo.
Com o título ‘Por que o Brasil precisa de um indicador nacional de esclarecimento de homicídios’, Carolina Ricardo explica que “a existência das diferentes metodologias de aferição do esclarecimento de homicídios não deve ser vista como um problema, mas como um excelente caminho para o aperfeiçoamento da gestão e atuação orientada por resultados nas diferentes organizações do Sistema de Justiça e Segurança Pública”.
E, depois, conclui: “Para além do sobe e desce pontual dos índices entre uma edição e outra entre os Estados, outro destaque importante da análise é a possibilidade de olhar aqueles que vêm num movimento crescente de melhora em seu indicador, aqueles que estão estagnados ou mesmo os que vêm reduzindo ao longo dos anos. Outra dimensão importante, sobretudo quando é possível ir um pouco mais a fundo e conhecer especificidades locais, é analisar fatores que podem contribuir para esses movimentos. É o caso do Espírito Santo, que enviou dados em todas as edições, com melhora contínua em seu indicador. A elucidação de homicídios é acompanhada mensalmente pelo governador (Renato Casagrande) no âmbito do Programa Estado Presente, ainda que seu cálculo siga uma metodologia diferente. Essa centralidade no âmbito da política de segurança dada ao indicador pode ajudar a explicar o movimento crescente no indicador do ES. Outro caso de destaque é a Paraíba, foco de análise específica nesta quinta edição, já que possui uma metodologia própria de mensuração do esclarecimento de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), publicada anualmente pela Secretaria de Segurança Pública”.