Pelo menos 860 pessoas acusadas de cometer homicídios no Espírito Santo foram presas nos primeiros sete meses de 2022. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e apontam, ainda, que, no mesmo período, foram presos 3.505 traficantes. Portanto, de 1º de janeiro a 31 de julho deste ano, as forças estaduais de segurança prenderam, em média, quatro assassinos e 17 traficantes por dia.
As prisões dos 860 assassinos e dos 3.505 traficantes ocorreram, em maioria, em operações realizadas pelas Polícias Civil e Militar para cumprimento de mandados judiciais. Mandados pedidos com base em Inquéritos Policiais no âmbito da Polícia Judiciária, depois de investigações para combater os crimes letais contra a vida e o tráfico de drogas. Uma vez concluídos os inquéritos, a Polícia Civil representa contra os indiciados junto às Varas Criminais da Justiça Estadual, solicitando a decretação das prisões. Atendidos os pedidos por Juízes Criminais, com manifestação favorável do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, as operações são realizadas. As 4.365 pessoas presas por assassinato e tráfico já deram entrada no sistema prisional capixaba, administrado pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
A polícia capixaba iniciou 2022, no mês de janeiro, com a prisão de 79 assassinos. Em fevereiro, o número subiu para 144 prisões. Em março foram 110; em abril, 144; em maio, 132; o mês de junho registrou 145 prisões; e, em julho, 106. O número de homicidas presos (860) nos primeiros sete meses deste foi maior do que o registrado em 2021, que foi de 593.
De 1º de janeiro deste ano até o dia 31 de julho, a Sesp registrou 560 homicídios, o que representa quase 3 mortes por dia, em média. Significa que o número de assassino presos no Estado é maior do que a quantidade de homicídios.
“Quando a polícia prende mais assassinos do que o número de mortes, significa que o Estado está dando uma resposta mais célere à sociedade. Essa é uma das premissas do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, que são as ações de prevenção e repressão, culminando com as chamadas prisões qualificadas. Os sujeitos devem entender que, se cometerem crimes aqui, o Estado faz todos os esforços para identificar e prender os autores”, comentou o secretário de Governo e coordenador executivo do Estado Presente, Álvaro Duboc.
As operações para colocar na cadeia os 3.505 traficantes nos primeiros sete meses deste ano começaram em janeiro com a prisão de 472 pessoas. No mês seguinte, foram colocados na cadeia 540 traficantes. Em março, as forças estaduais de segurança pública prenderam 415 bandidos; 480, em abril; 564 em maio; 454, em junho; e 580 em julho. No mesmo período, de 2021, foram 3.135 traficantes presos.
Diversas são as ações desenvolvidas pelas forças estaduais de segurança na busca de garantir a paz da população. Na quarta-feira (10/08), por exemplo, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi ao Morro da Garrafa, na Praia do Suá, em Vitória, e realizou a 3ª edição da Operação Sicário. Alvos também foram cumpridos em Vila Velha, Serra e Cariacica.
A ação, em conjunto com outras unidades da Polícia Civil, apoio do Notaer, da Gerência de Inteligência da Sesp e da Diretoria de Operações Táticas (DOT) da Sejus, visou o cumprimento de 21 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que atua no Morro da Garrafa, após trabalho de investigação que identificou diversos indivíduos ligados ao tráfico de drogas e homicídios. Cerca de 130 agentes de segurança participaram da operação.
O Espírito Santo fechou os primeiros sete meses de 2022 com redução de 10,8% no número de homicídios. De 1º de janeiro até o dia 31 de julho, a Sesp registrou 560 homicídios, contra 628 no mesmo período do ano passado. A redução da violência letal em solo capixaba se deve, sobretudo, às ações implementadas pelo Programa Estado Presente em Defesa da Vida, criada pelo governador Renato Casagrande (PSB).
O Espírito Santo é também o sexto que mais elucida assassinatos no Brasil, segundo a 5ª Edição da Pesquisa Onde Mora a Impunidade, divulgada pelo Instituto Sou da Paz, tendo como base os dados de 2019. Uma das melhores Polícias Civis do País, a instituição capixaba esclareceu 49% dos homicídios e está à frente de corporações de grandes Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, dentre outros.
Os dados as Sesp revelam também que de janeiro a julho pelo menos outras 4.946 pessoas foram detidas por algum envolvimento com drogas. Ou seja, em média, 23 prisões por dia. Já os números de pessoas detidas por diversos motivos chegam a 22.100 nos primeiros sete meses deste ano, significando, portanto, em média, 104 pessoas detidas a cada dia de 2022. Essas outras 27.046 pessoas detidas não, necessariamente, permaneceram presas no sistema prisional, pois teriam, em tese, cometidos crimes que permitem responder processo em liberdade.