Com um crescimento econômico bem acima da média nacional, o Estado se prepara agora para receber um montante volumoso de recursos financeiros. Nos próximos dias, o Governo Estadual anunciará que pelo menos R$ 45 bilhões farão parte da carteira de “Investimentos Anunciados e Concluídos para o Espírito Santo” até 2024. O relatório reúne projetos públicos e privados com valor individual igual ou superior a R$ 1 milhão.
De acordo com o IBGE, a economia do Espírito Santo cresceu 7,2% no acumulado de quatro trimestres, sendo o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2012 e é bem superior ao crescimento do País, que chegou à marca de 4,7%. O Estado não para. Na próxima quarta-feira (08/06), o Governo capixaba, por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), e a Apex Partners promovem o evento Buy ES, em São Paulo, com o objetivo a prospecção e a atração de empresas paulistas para o Estado.
Nesta sexta-feira (03/06), ao anunciar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, acrescentou que estão previstos investimentos na ordem de R$ 45 bilhões, distribuídos em mais de 700 projetos em todas as microrregiões capixabas. O destaque vai para o Grande Setor da Indústria, que absorveu 92,5% dos investimentos anunciados, conforme à Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE/IBGE). O documento apresentará ainda os projetos concluídos, que somaram R$ 2,9 bilhões entre os anos de 2019 e 2020, reunidos em 216 empreendimentos pelo Estado.
Segundo Pablo Lira, a economia do Estado encontra-se “numa situação diferenciada” no cenário nacional: “O Espírito Santo tem uma condição diferenciada que é a promoção do desenvolvimento econômico e sustentável. Temos mecanismos que demonstram a solidez das políticas públicas, como o Fundo Soberano. São muitas condicionantes que atraem o investidor e fortalecem a economia capixaba. Contamos com mais três municípios na área de atuação da Sudene. O investidor vê o Espírito Santo como um porto seguro”.
Origem do capital
Do montante previsto na Carteira de Investimentos, cerca de 60% dos recursos vão ter origem no capital privado nacional, destinados a empreendimentos ligados, em especial, ao transporte rodoviário, construção civil, terminais portuários, energia elétrica e indústria alimentícia. Até final de 2021, o capital estrangeiro representava 19,3% (R$ 8,8 bilhões), com projetos na área de petróleo e gás, terminais portuários e movimentação de cargas.
O investimento público representava, até então, 16,8% do capital empregado no Espírito Santo para o período. A soma de R$ 7,6 bilhões está distribuída em 520 empreendimentos, o que resulta em um valor médio de R$ 14,7 milhões por projeto. Os destaques vão para melhoria na mobilidade rodoviária urbana e rural, saneamento, habitação, saúde, educação e segurança pública.
Pela distribuição regional dos mais de 700 projetos previstos, o estudo vai mostrar que a maior parte se encontra nas regiões litorâneas do Estado, como é o caso das microrregiões Metropolitana, Rio Doce, Litoral Sul e Nordeste. Em relação às demais microrregiões, os investimentos previstos, em grande parte com projetos de infraestrutura, têm origem no capital público e são, conforme avaliação dos organizadores da pesquisa, fundamentais para criar um cenário propício ao desenvolvimento regional do interior do Estado.
‘A atração de investimentos anda junto com o PIB capixaba’, diz Pablo Lira
O governo de Renato Casagrande encerrou o ano de 2021 com investimentos que somavam, desde 2019, aproximadamente R$ 3,4 bilhões. Com esse volume de recursos, foi possível o Espírito Santo seguir realizando entregas à população capixaba. Para este ano de 2022, o valor previsto para investimentos no Orçamento Anual do Estado, que tem receita de R$ 20,273 bilhões para o atual exercício – considerando a esfera fiscal e a seguridade –, gira em torno de aproximadamente R$ 2,7 bilhões, com todas as fontes.
“Este investimento público em infraestrutura e logística, o maior de nossa história até aqui, tende a atrair novos negócios para o Estado. Cada investimento a ser anunciado na Carteira de R$ 45 bilhões é de no mínimo R$ 1 milhão. Já temos investimentos concluídos entre 2020 e 2021 e agora virão outros até 2024. A atração de investimentos anda junto com o PIB capixaba, que vem crescendo acima da média nacional”, pontuou o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Pablo Lira.
Recentemente, a TM3 Capital ganhou a licitação para administrar o Fundo de Investimento em Participação (FIP), vinculado ao Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), denominado FIP Funses1. O FIP é de R$ 250 milhões cujos recursos serão investidos pelo Bandes. Mais de 200 empresas nacionais já se prontificaram para transferir sua sede fiscal para o Espírito Santo por conta do Fundo Soberano. Existem ainda outras 10 empresas estrangeiras com o mesmo objetivo: investir em solo capixaba.
Diálogo institucional, gestão fiscal e transparência do governo Casagrande explicam o sucesso capixaba
Como fatores decisivos para o sucesso no Espírito Santo estão a gestão fiscal eficiente, desde 2012 – ainda no primeiro mandato do governador Renato Casagrande –, e a estabilidade institucional na relação do Executivo com as demais instituições públicas, o setor produtivo e a sociedade civil, proporcionando um ambiente favorável para atração de investimentos e contribuindo para destacar o Estado no cenário nacional.
Há ainda os investimentos estratégicos do Governo, projetos de mobilidade na Região Metropolitana, como o Portal do Príncipe – já concluído –, a ampliação da Terceira Ponte, a implantação do Sistema Aquaviário, além de ações na área de saneamento, que também beneficiam a população do interior do Estado.
Em meados de 2021, dentro dos projetos inseridos na carteira “Investimentos Anunciados e Concluídos para o Espírito Santo” 2019/2024, a Cacau Show e a WEG anunciaram investimentos que somam quase R$ 300 milhões, em Linhares. Juntas, as empresas vão gerar 460 empregos.
O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o professor e economista Daniel Cerqueira, destaca a transparência com que o Governo do Estado atua em todas as áreas e a liderança do governador Renato Casagrande que teve sabedoria e competência para vencer os momentos mais difíceis da pandemia da Covid/19:
“O Espírito Santo tem uma gestão equilibrada e transparente na superação dos desafios e atração de investimentos. Passamos um período dramático na história, acompanhado, infelizmente, por desinformação e fake news. No Espírito Santo, graças à liderança séria do governador Renato Casagrande, que conduziu esse momento com diálogo e integração entre as instituições, a academia, o empresariado e outros setores da sociedade, foi possível superarmos esses desafios. Com responsabilidade e transparência, o Estado se saiu melhor que as demais unidades da federação em diversos quesitos. E esses são fatores preponderantes na atração de investimentos e na promoção do desenvolvimento”, explicou Daniel Cerqueira.