Pesquisa divulgada na manhã desta terça-feira (11/05) pelo Instituto Paraná mostra que as Forças Armadas são a instituição em que a população brasileira mais confia. Exército, Marinha e Aeronáutica são mais confiáveis, inclusive, do que toda a classe política. As Forças Armadas aparecem com 32,6% de credibilidade, enquanto as forças políticas, juntas, somam apenas 19,4%. Na pesquisa, o presidente Jair Bolsonaro perde até para o Supremo Tribunal Federal (STF) em confiança junto aos brasileiros.
Para as pessoas entrevistadas, o STF aparece em segundo lugar no nível de confiança, com 18,2%. Já o presidente Bolsonaro, que é capitão aposentado do Exército, ocupa a terceira colocação, com 14,8%. Depois, em grau de confiança, vêm o Ministério Público Federal com 12,1%; Senado, com 2,8%; e Câmara dos Deputados com 2,6%.
O Instituto Paraná ouviu 2.030 habitantes por meio de entrevistas pessoais telefônicas em 26 Estados e Distrito Federal e em 200 municípios brasileiros, durante os dias 30 de abril 4 de maio de 2021.
Ao analisar o desempenho de Jair Bolsonaro na pesquisa do Instituto Paraná, o Doutor em Ciências da Comunicação Sérgio Denícoli explica que o Presidente havia iniciado um processo de recuperação de imagem, após impactos causados, sobretudo, pela volta da inflação.
“A avaliação positiva do Governo chegou a ultrapassar novamente os 30%, no dia 3 de maio deste ano, após ter ficado por duas semanas com uma avaliação abaixo desse índice. Portanto, no dia 3, a gestão atingiu 30,65% de bom/ótimo enquanto o percentual de ruim/péssimo ficou em 44%, segundo dados da AP Exata, calculados por meio de Inteligência Artificial, a partir da análise de sentimentos expressados nas redes”, diz Denícoli.
Segundo ele, parte da recuperação, curiosamente, ocorreu pela apropriação dos bolsonaristas da CPI da Covid:
“A militância favorável ao Presidente conseguiu impor uma narrativa de suspeição dos governadores e associou a queda no volume de mortes e a eventual oferta maior de Leitos de UTI nos Estados a um efeito político da CPI”, diz o Doutor em Ciências da Comunicação.
No entanto, ressalta Sérgio Denícoli, as denúncias recentes que mencionam a distribuição de recursos a parlamentares do Centrão, por meio de ofícios que não eram públicos, e o financiamento de compras de máquinas com esse dinheiro, com indícios de superfaturamento, estancaram a tendência de melhora nos índices de aprovação da gestão federal. “Nesta terça-feira, temos o seguinte quadro na avaliação do Governo: bom/ótimo 28,5%, ruim/péssimo 46,6%, regular 24,9%”, concluiu Denícoli.