A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) começou a reverter o perfil de alguns leitos hospitalares disponibilizados para paciente com a Covid-19, para atender pacientes de outras especialidades médicas. A medida vale para leitos de enfermaria e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Inicialmente, 14 leitos de UTI do Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, deixarão de ser utilizados exclusivamente por pacientes Covid-19. Com isso, a unidade passará a ter 16 leitos de UTI para pacientes Covid-19. A migração começou na segunda-feira (27/07) e ainda esta semana outro hospital que terá mudanças na oferta de leitos para Covid-19 será o Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha.
Enquanto alguns Estados correram para construir hospitais de campanha – algo provisório para o sistema de saúde –, o governador Renato Casagrande (PSB) foi em outra direção, mesmo cobrado pela imprensa capixaba, que, em todas as entrevistas coletivas, insistia na cobrança da instalação paliativa para atendimento das vítimas do novo coronavírus.
Casagrande deixava sempre claro que o importante, além de salvar vidas, era deixar os leitos de atendimento ao Covid 19 como algo definitivo para a população capixaba.
Nesta terça-feira (28/07) ele voltou a reforçar essa ideia, ao comentar sobre a migração de alguns leitos hospitalares disponibilizados para paciente com a Covid-19 para atender pacientes de outras especialidades médicas.
“Enquanto hospitais de campanha estão sendo desmontados, aqui no Espírito Santo os recursos foram aplicados para ampliar a nossa rede hospitalar. Iniciamos a reversão dos leitos da Covid para atender outras enfermidades. É o legado para os capixabas do trabalho com bom planejamento”, pontuou Casagrande.
Atualmente, a ocupação de leitos de enfermaria está em 57,62% e a Sesa pretende deixar entre 70 e 75%. O mesmo vale para UTIs. A marca de 70% sempre será um indicador para a migração de leitos para outros perfis, conforme explica o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
“Vamos ajustar o tamanho da rede hospitalar, de acordo com o comportamento da pandemia no Estado. Na medida em que migrarmos leitos para outros perfis clínicos, a ocupação obrigatoriamente subirá para entre 70 e 75%, que será a faixa de segurança para as decisões quanto à reversão do perfil dos hospitais. Na medida em que a ocupação for reduzindo de maneira sustentada, que consigamos voltar a reverter o perfil dos hospitais, somente uma nova onda de casos que possa elevar a pressão por serviços hospitalares será capaz de nos fazer rever novamente o perfil das unidades”, afirma o secretário.
A contratação dos hospitais privados poderá ser prorrogada por 30 dias. A contratualização com os hospitais filantrópicos não terá alteração.