Em nota enviada ao Blog do Elimar Côrtes, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapaf) se manifesta em relação à escolha do delegado Fernando Segóvia para comandar a PF. Segóvia foi escolhido na tarde desta quarta-feira (08/11) pelo presidente Michel Temer. Para a Fenapef, que critica o que chama de “reserva de mercado” que põe sempre um delegado federal na direção máxima do órgão, o nome de Segóvia foi uma boa escolha:
Os policiais federais foram pegos de surpresa com a mudança no comando da Polícia Federal. Embora a categoria mantenha as críticas da reserva de mercado da direção do órgão para os delegados federais e que o comando da PF deveria privilegiar alguém com preparo de gestão e perseguir o critério da meritocracia, a escolha de Fernando Segovia, dentro dos critérios hoje estabelecidos, é adequado”, diz Flávio Werneck, vice-presidente da Fenapef e presidente do Sindicato dos Policiais Federais (Sindipol) do Distrito Federal.
Por sua vez, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindipesp), também em nota enviada ao Blog do Elimar Côrtes, diz acreditar “nas instituições brasileiras neste momento crucial para uma nação que presencia prisões de corruptos, graças, principalmente, ao exímio trabalho da Polícia Federal, e confia que a troca no comando da instituição, anunciada pelo Palácio do Planalto, seja uma decisão que não interfira na condução das investigações que têm contribuído para criar esperança nos brasileiros, de um futuro sem corrupção”.
Em nota divulgada no início da noite desta quarta-feira, entretanto, a ADPF deseja boa sorte ao novo diretor-geral Fernando Segóvia, defende a mudança na forma de escolha do chefe maior da PF, “sempre por meio de lista tríplice, votada pelos Delegados Federais”,mas ressalta que está disposta a ajudar e a dialogar com o novo diretor.
Eis a íntegra da Nota Pública da ADPF
“A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) deseja sorte e sucesso ao novo Diretor-Geral, o Delegado Federal Fernando Segóvia, servidor público com mais de duas décadas dedicadas à Polícia Federal.
Conforme mencionado reiteradas vezes, a ADPF tem como uma de suas principais bandeiras a mudança na forma de escolha do Diretor Geral da Polícia Federal, sempre por meio de lista tríplice, votada pelos Delegados Federais integrantes da carreira, assim como vem acontecendo em outras instituições.
Ao tempo que manifesta a sua disposição em continuar defendendo um processo de mudança cultural e legislativa na escolha do dirigente máximo da Polícia Federal, inclusive com previsão de mandato, a entidade reafirma a disposição de dialogar e colaborar com o novo Diretor-Geral na busca do fortalecimento do órgão e aprimoramento dos mecanismos de combate à corrupção”.
(Texto atualizado às 20 horas de 08/11/2017)