A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), onde estão cedidos 68 policiais militares, também possui sua Assessoria Militar dentro dos mesmos parâmetros das existentes na Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público Estadual.
Assim como nos outros três poderes, a Assessoria Militar da Sesp é comandada por um tenente-coronel. A lei que criou a Assessoria prevê que o órgão pode ter somente um militar. No entanto, sempre que o oficial necessita de apoio operacional ou de Inteligência, ele requisita praças junto ao Centro Administrativo, sessão ligada diretamente ao Comando-Geral da Polícia Militar. Sendo assim, a Assessoria Militar da Sesp hoje conta com o seu coordenador (tenente-coronel) e mais quatro militares.
A Assessoria Militar da Sesp é parte integrante do Quadro Organizacional da PMES, constante no Anexo I do Decreto nº 3716-R de 04.12.2014. Apesar da lei prevê apenas um, sempre que o secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, solicita, o Centro Administrativo envia militares para a Sesp. Vão para lá com a rubrica de “em missão especial na Sesp”. De lá, o secretário pode designar policiais para fazer a segurança de autoridades – políticos, principalmente.
Na quinta-feira (27/10), Garcia anunciou que os cinco militares “excedentes” na Assessoria Militar da Ales retornariam às ruas. São policiais que já estão completando 30 anos de caserna. Até 2017, vão para a reserva remunerada. Só que dentro da Assessoria Militar da Sesp tem o seu coordenador (um tenente-coronel) e mais quatro militares. Mantendo a coerência, André Garcia vai mandá-los de volta para as ruas também.
Embora tenha dado entrevista à imprensa afirmando desconhecer as atribuições dos militares que integram à Assessoria Militar da Assembleia Legislativa, em dezembro de 2015 o presidente da Casa, Theodorico Ferraço, encaminhou ofício ao Comando-Geral da PM sugerindo elogio na ficha funcional dos seis policiais que integram o setor, incluindo o comandante da Assessoria, o tenente-coronel Carlos Ney de Souza Pimenta.
O elogio, publicado em Boletim Geral da PM, se deu em “especial nas ações de policiamento ostensivo durante reuniões das Comissões Parlamentares de Inquérito em funcionamento no ano de 2015.” O elogio foi aprovado em Plenário da Ales e encaminhado pelo próprio deputado Ferraço ao Comando-Geral da PM.
Esses mesmo policiais ajudaram também os deputados que integram a CPI do Guincho em diligências (investigações) externas, principalmente em pátios onde ficam veículos apreendidos depois de rebocados. Graças a esse trabalho, receberam elogio em sua ficha funcional, a pedido do presidente da Comissão, deputado Enivaldo dos Anjos.