Vai aí uma informação fresquinha para o Ministério Público Estadual, que na segunda-feira (17/09) entrega ao Tribunal de Justiça denúncia contra um grupo de servidores públicos, empresários e até um frei colombiano acusados de desvio de dinheiro no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), autarquia da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Para manter seu poder no sistema prisional, o grupo e mais outros empresários – incluindo três coronéis da reserva da Polícia Militar – escolheram a dedo um empresário para representá-los na Assembleia Legislativa.
O homem escolhido é um empresário. Disputou o cargo de deputado estadual pelo DEM em 2010. Foi escolhido pelos grupos para que, em caso de ser eleito, pudesse neutralizar qualquer ação contra os acusados na Assembleia Legislativa.
O empresário nunca teve empatia com o povo. Não tem cheiro de povo, mas, mesmo assim, com alto volume de recursos financeiros injetados em sua campanha, obteve 10.509 votos, segundo informa o site do Tribunal Regional Eleitoral.
Quando foi candidato, ele teve que abandonar o cargo que ocupava na Sejus.
Poderia ter sido eleito, mas esqueceu de buscar apoio nas categorias de classe de servidores da Sejus e do Iases. Entendia que somente com dinheiro na campanha sairia vitorioso. Os sindicatos ligados à secretaria e à autarquia preferiram apoiar outros candidatos.
O empresário era o candidato dos grupos empresariais que estão por trás da construção de presídios no Espírito Santo e outros ligados ao suposto esquema de corrupção no Iases. Caso fosse eleito, ele iria blindar os hoje acusados na Assembleia Legislativa.