O chefe de uma das quadrilhas mais perigosas do Estado, o carioca Gilbert Vagner Lopes, o Vaguinho, foi preso na noite de quinta-feira (013/11) em Marataízes, região Sul do Espírito Santo. Ele, que estava escondido no Rio de Janeiro, se entregou a Polícia Civil capixaba. Vaguinho é acusado pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nurocc) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) de comandar um grupo de milicianos no Sul do Estado, responsvel por diversos assassinatos.
Cinco integrantes do grupo de extermínio foram presos na quinta-feira passada (27/10). A gangue matava usuários de drogas, assaltantes e outros suspeitos de crimes que incomodassem moradores da região. O bando de Vaguinho cobrava pelos serviços, formando uma milícia, segundo informaç~eos do delegado Edson Lopes, da Delegacia de Marataízes.
O chefe do Nuroc, delegado Ícaro Ruginski, disse que Vaguinho era o líder da quadrilha que se organizou no Sul do Estado e seu nome estaria diretamente ligado a homicídios. Ele foi encontrado após oito meses de investigação.
“Fizemos buscas e recebemos informações de que ele teria rodado alguns municípios do Sul do Estado nos últimos dias. Conseguimos contato com ele e fomos até sua residência em Marataízes”, relatou o deleagdo.
Na semana passada, integrantes da quadrilha liderada por Vaguinho foram presos. Eles são acusdos de tráfico de drogas e de armas, homicídios, falsificação de documentos públicos e adulteração de veículos.
Além de Vaguinho, estão presos A.S.B., de 41 anos, funcionário da Prefeitura de Marataízes; S.S.M., 41, sócio de uma imobiliária; T.M.A., vulgo “Thiagão”, integrante da Guarda Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, 29; além de K.B.L., 18, e J.G.F.L., 37. Todos estão presos em cumprimento de mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A principal acusação contra o grupo refere-se ao assassinato do foragido da Justiça Gelivon Pereira de Souza, que saiu do presídio no Dia dos Pais e não retornou, tendo sido visto pela última vez no mês de setembro depois de ter vendido parte das terras de sua família para “Waguinho”.
Como o suposto empresário carioca não conseguiu tomar posse da área pelo fato de a família não ter concordado com a venda, recusando-se a fazer a transferência da propriedade, acredita-se que Vaguinho teria decidido eliminar o vendedor que já havia recebido dinheiro pelos terrenos.
O corpo até hoje não foi localizado, mas o delegado Ícaro Ruginski garantiu ter provas materiais e testemunhais suficientes para concluir o inquérito, inclusive marcas de sangue no carro que teria sido usado para transporte do corpo.
As investigações continuam no Sul do Estado. O delegado Edson Lopes acredita que outras prisões serão efetuadas além das seis já determinadas pela Justiça. Um dos detidos trabalhava na Guarda Municipal de Cachoeiro de Itapemirim e outro na Prefeitura de Marataízes.
“As investigações prosseguem e espero que outras prisões ocorram em breve. Não descarto também que outros agentes públicos possam ter participação na quadrilha de “Waguinho”. “Contamos com a população e pedimos que as pessoas nos ajudem trazendo informações através do Disque Denúncia 181”, concluiu o delegado.
(Com participação no texto da Assessoria de Comunicação/Sesp)