Mais três oficiais acabam de ser levados para serem julgados pelo conselho de Justificação da Polícia Militar do Espírito Santo por ordem do secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Henrique Herkenhoff. Trata-se dos majores Coelho Neto, Paulo Freire e Fabrízia Morais Gomes da Cunha.
Coelho Neto, segundo resultado de sindicâncias da PM, teria ameaçado de morte a promotora da Auditoria de Justiça Militar Karla Sandoval. Ele teria ido até a residência da promotora junto com um advogado e feito a ameaça.
O major Coelho Neto já tem um histórico nada positivo dentro da PM. Há alguns anos atrás, ele foi preso em flagrante pelo antigo Serviço Reservado de Informações (PM-2) numa suposta tentativa de extorsão a um traficante do Bairro da Penha, em Vitória. Na época, ele era tenente e, mesmo diante do processo, foi promovido e hoje é major.
A major Fabrízia está indo ao Conselho de Justificação porque responde a um processo na Justiça Militar pela acusação de permitir a saída irregular de presidiários da Penitenciária Monte Líbano, em Cachoeiro de Itapemirim.
Na época, Fabrízia era subcomandante do 9° Batalhão da PM (Cachoeiro). A major Fabrízia também aparece como ré no processo que julga os assassinos, intermediários e mandante do assassinato do advogado Marcelo Joaquim Denaday, ocorrido em abril de 2002, na Praia da Costa, em Vila Velha.
Ela foi casada com o soldado Dalberto, principal acusado de ter matado o advogado e responde a processo pela acusação de praticar crime de estelionato para tentar encobrir o crime, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público.
Já o major Pau Freire foi levado ao Conselho de Justificação porque teria trocado uma pistola da corporação, que estava acautelada em seu nome, por pedras de crack num ponto de vendas de drogas.
Segundo alguns oficiais ouvidos pelo Blog do Elimar, o mais provável que o Conselho de Justificação sugira apenas pela expulsão de Coelho Neto, enquanto seu colega Paulo Freire deverá ser reformado (aposentadoria compulsória) e a major Fabrízia receba advertência.
Apontado como um dos mais eficientes e inteligentes de uma geração de oficiais, o major Paulo Freire, segundo seus colegas de farda, estaria em tratamento contra dependência química.