Por intermédio da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), o governo do Espírito Santo transferiu, há cerca de um mês, pelo menos oito chefões do crime organizado, que estavam presos em cadeias capixabas, para presídios federais em outros estados.
A informação vinha sendo mantida em sigilo e foi confirmada na manhã desta segunda-feira (29/11) por uma fonte do Palácio Anchieta.
A transferência se deu antes do estouro da violência no Rio de Janeiro, onde, há uma semana, chefões do crime organizado mandaram, de dentro das cadeias, seus comparsas incendiarem ônibus e outros veículos naquele estado.
Tão logo postou informação sobre o monitoramento feito pelos serviços de Inteligência da PM e da Sejus nas cadeias capixabas, o Blog do Elimar foi informado por fontes ligadas ao governo do Estado da ação antecipada realizada pela polícia, que foi a transferência de alguns líderes do crime para o presídios federal de Catanduva, no Paraná, e outro no Mato Grosso do Sul.
Há um mês, agentes da Inteligência da PM e da Sejus detectaram que bandidos como Lombrigão – assassino confesso do juiz Alexandre Martins de Castro Filho –, Tomate, Fernando Cabeção, Tobias e outros estavam se articulando para promover vandalismo – provavelmente, incendiar ônibus – nas ruas da Grande Vitória.
Ao ser informado da articulação, o secretário de Estado da Justiça, Ângelo Roncalli, agiu rápido e a polícia conseguiu junto ao juiz Marcelo Loureiro, da Vara de Execuções Penais, autorização para a transferência de oito presidiários, que estavam em cadeias de segurança máxima de Viana para o Paraná e Mato Grosso do Sul.
“Agimos antes mesmo do início da crise no Rio. Quando soubemos do burburinho dentro dos presídios daqui, iniciamos investigações e desarticulamos o grupo interessado em quebrar a paz em nosso Estado. Mas o monitoramento nas cadeias é permanente”, informou uma fonte ligada ao Palácio Anchieta.