Em seu relatório, o juiz Marcelo Loureiro, da Vara Especial de Central de Inquéritos, informa que os delegados Márcio Braga e Luiz Neves e os cinco investigadores da Divisão de Crimes contra o Patrimônio estão sendo presos pela acusação de cometerem os seguintes crimes: extorsão, roubo, tortura psicológica, fraude processual e abuso de poder.
Os sete encontram-se presos neste momento na sede da Corregedoria Geral de Polícia Civil, no Centro de Vitória. A prisão dos sete acusados representa a descoberta de um dos maiores escândalos na Polícia Civil do Espírito Santo nos últimos anos.
Os investigadores presos são Davi de Carvalho, Hilário Roger do Nascimento Borges, Marcos Marcelo Sartório, Fábio Loureiro Malheiro e Alex Sandro Serrano.
Há ainda no relatório do magistrado a informação de que o delegado Luiz Neves, durante a fase de investigação, teria dado ordem a seus policiais para “atirarem” nos investigadores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Nuroc), núcleo policial ligado à Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Consta a inda que a suposta vítima dos policiais teria pago R$ 25 mil de extorsão para não ser autuado em flagrante em um crime que teria cometido.
Ainda, segundo as investigações, um irmão dessa suposta vítima teria se suicidado porque não agüentava ver o irmão “sofrer pressão por parte dos delegados e dos investigadores.