Azedou de vez a relação dos delegados de Polícia Civil do Espírito Santo com o governo do Estado. Eles decidiram, em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (11/03), fazer dois dias de greve. A paralisação, por tempo determinado, será nos dias 19 e 20 deste mês – quarta e quinta-feira da próxima semana. A greve se deve ao fato de o governador Renato Casagrande ainda não ter sinalizado, com propostas concretas, se atenderá o pleito da categoria, que é detentora do pior salário do País.
Mais de 150 delegados compareceram à assembleia realizada no auditório da Chefatura de Polícia, na Reta da Penha. Em nota publica em seu site, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindelpo) informa que, “diante da falta de sinalização concreta do Governo quanto às reivindicações já apresentadas, a categoria de delegados de polícia votou por uma greve por tempo determinado, com paralisações a serem realizadas nos dias 19 e 20 de março, respectivamente no pátio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e no auditório da Chefatura de Polícia.”
Ainda segundo o Sindelpo, “também decidiu-se por manter as negociações com o Governo até as datas indicadas, bem como adotar as medidas inerentes à greve aprovada na assembleia em referência com base nas premissas estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal e a Lei 7783/89, que trata especificamente do direito de greve nas atividades consideraras como essenciais e de relevância pública.”
Por fim, a diretoria do Sindicato deixa claro que “o SINDELPO afirma que buscará exercer as ações procedimentais próprias do direito de greve com equilíbrio e máximo respeito ao posicionamento daquela corte constitucional, de modo a causar o menor transtorno possível à sociedade.”
Os delegados, que já se reuniram com o governador Renato Casagrande, pretendiam que o governo apresentasse pelo menos proposta, mesmo que o reajuste salarial fique para 2015. Mas até o momento nada foi feito.