Uma das mais populares promotoras de Justiça capixaba, Arlinda Maria Barros Monjardim foi promovida ao cargo de procuradora de Justiça, em sessão realizada pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), na segunda-feira (02/12). O Colegiado aprovou o nome dela por unanimidade. Até então, Arlinda Monjardim atuava na Promotoria de Justiça Cível de Vitória. Agora, ela vai ocupar a vaga aberta com a aposentadoria do procurador de Justiça Adonias Zam.
Na terça-feira (03/12), o procurador-geral de Justiça, Francisco Martínez Berdeal, deu posse administrativa à nova procuradora de Justiça Arlinda Monjardim, em cerimônia realizada no Gabinete do chefe do Ministério Público, no bairro Santa Helena, em Vitória. Arlinda foi promovida por antiguidade pelo Conselho Superior do MPES para ocupar a vaga de 1ª Procuradora de Justiça Cível.
Emocionada, a recém-empossada expressou sua gratidão e destacou seu comprometimento com a instituição. “Este momento é uma grande honra e responsabilidade para mim. Continuarei a contribuir com a sociedade, especialmente no atendimento às populações mais vulneráveis, que é a essência da minha atuação no Ministério Público”, pontuou Arlinda Monjardim, acompanhada de seus familiares na posse administrativa.
Durante a posse, Francisco Berdeal parabenizou Arlinda Monjardim. “É uma grande satisfação contar com alguém como você no cargo de procuradora de Justiça. Sua missão, visão e vasta experiência serão muito importantes para esta nova etapa profissional. Tenho plena confiança no sucesso do seu trabalho e desta nova fase”, afirmou.
A procuradora de Justiça decana, Catarina Cecin Gazele, também prestigiou a posse, ressaltando a experiência da nova procuradora de Justiça no trabalho social que realizou. “É uma honra ter no Colégio de Procuradores uma mulher com tamanha sensibilidade e comprometimento social. Tenho certeza de que sua atuação será fundamental para fortalecer ainda mais o trabalho em prol dos Direitos Humanos realizado na instituição.”
Com uma trajetória de 33 anos atuando no MPES, Arlinda Barros Monjardim ocupou o cargo de promotora de Justiça substituta em diversas Comarcas do interior do Estado e de promotora de Justiça Titular no interior e na Grande Vitória, onde atuou nas Promotorias de Justiça Cível da Serra e Vila Velha. Seu cargo mais recente foi de 28° Promotora de Justiça Cível de Vitória.
Arlinda Monjardim também foi Coordenadora do extinto Grupo Especial de Trabalho Social (GETSO) do Ministério Público, ativo até 2016, destacando-se pela atuação no caso “Clarinha”, onde expediu ofícios, realizou diligências e requisitou perícias para tentar identificar possíveis parentes de “Clarinha”. Após a extinção do GETSO, a nova procuradora de Justiça continuou envolvida no caso enquanto ocupava o cargo de promotora de Justiça Cível de Vitória, ampliando as estratégias e os esforços de investigação para a identificação da paciente.
A solenidade de posse também contou com as presenças da subprocuradora-geral de Justiça Administrativa, Elda Marcia Moraes Spedo; do corregedor-geral do MPES, Gustavo Modenesi da Cunha; da secretária-geral do MPES, Inês Thomé Poldi Taddei; da procuradora de Justiça e coordenadora de Proteção e Defesa da Fauna (CPDF), Edwiges Dias; do procurador de Justiça e coordenador do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP), Cezar Augusto Ramaldes; da Ouvidora das Mulheres, a procuradora de Justiça Sídia Nara Ronchi; entre outros membros da instituição que prestigiaram a solenidade.
Sobre o caso Clarinha
Clarinha, que morre no dia 14 de março de 2024, ficou internada em coma por 24 anos no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Bento Ferreira, em Vitória. Clarinha passou mal ainda pela manhã, teve uma broncoaspiração e não resistiu. O caso da paciente “misteriosa” ganhou repercussão numa reportagem do Fantástico, da Rede Globo. Veja aqui como oi o trabalho da então promotora de Justiça Arlinda Monjardim no caso Clarinha.
Clarinha, como era chamada pela equipe médica, foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Ela foi socorrida por uma ambulância, mas não possuía documentos. Clarinha chegou ao hospital já desacordada e sem ser identificada. A mulher estava internada em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória. Nenhum parente ou amigo a visitou em todos esses anos.