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Polícia Civil desmonta versão de Muribeca e investiga cabo eleitoral que feriu com tiro de pistola autor de falso atentado

Candidato a prefeito da Serra, no segundo turno, registrou Boletim de Ocorrência e gravou vídeo falando ter sido vítima de atentado: “Acabaram de tentar me matar aqui em Central Carapina”, disse Pablo Muribeca. “Não houve nenhum atentado e nenhuma tentativa de homicídio”, garantiu o chefe da DHPP da Serra, delegado Rodrigo Sandi. Suspeito, que está preso, iria atirar num rival, mas foi contido por correligionários de Muribeca. E um deles feriu o criminoso com tiro de pistola.

24 de outubro de 2024
dentro Politica
Polícia Civil desmonta versão de Muribeca e investiga cabo eleitoral que feriu com tiro de pistola autor de falso atentado
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“Acabaram de tentar me matar aqui em Central Carapina. Mas graças a Deus eu estou bem. É só pra avisar a turma aí…Fomos surpreendidos por um indivíduo armado, com arma em punho, vindo em nossa direção. Uma das nossas pessoas tentou segurar esse homem. Ele levantou e saiu disparando contra o nosso time”.

Era ainda noite de quarta-feira (23/10), quando o candidato a prefeito da Serra pelo Republicanos, Pablo Muribeca, gravou um vídeo e postou em suas redes sociais, afirmando ter sido vítima de um atentado a tiros, no momento em que participava de carreata – em cima de uma caminhonete – pelas ruas do bairro Central Carapina, ao lado de sua esposa, Lara Ferreira, do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e outro correligionário identificado como Ramile Pimentel. Posteriormente, Muribeca, que é deputado estadual, foi à 3ª Delegacia Regional, localizada em Laranjeiras, onde registrou um Boletim de Ocorrência, dizendo ter sido vítima de tentativa de homicídio.

Muribeca disputa o segundo turno das eleições municipais – marcadas para domingo – contra Weverson Meireles (PDT), que lidera todas as pesquisas de intenções de votos. Na última, divulgada na mesma quarta-feira pela Rede Vitória e realizada pela Futura Inteligência, Weverson tem 57,3% da preferência dos eleitores, contra 42,7% de Muribeca.

A história do deputado-candidato, no entanto, não se sustentou sequer por algumas horas. Ele mesmo retirou o vídeo das redes sociais e, na tarde desta quinta-feira (24/10), a Polícia Civil negou veementemente a primeira versão de Pablo Muribeca: “Não houve nenhum atentado e nenhuma tentativa de homicídio”, garantiu o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.

Segundo ele, o ocorrido foi resultado de uma disputa entre gangues rivais envolvidas com o tráfico de drogas em Central Carapina. Um dos criminosos avistou seu rival passando pela rua, no momento em que a campanha de Pablo Muribeca estava no bairro, e decidiu “aproveitar a oportunidade” para tentar matar o rival. O rival estaria entre os simpatizantes da campanha de Pablo Muribeca. Segundo o delegado Sandi Mori, no momento em que passava a comitiva de Muribeca, dois membros da gangue da Favelinha passavam por ali de bicicleta.

Armado com um revólver calibre 38, o criminoso, que já foi condenado por tráfico e se encontrava em liberdade condicional, deu um tiro para o alto. Houve correria e um dos correlegionários de Muribeca agarrou o homem, que, no entanto, conseguiu escapar e fugir a pé – ele havia chegado ao local de bicicleta. Enquanto ele fugia, um cabo eleitoral da campanha de Pablo Muribeca, sacou uma pistola 9 mm e atirou na direção do bandido, que foi atingido com um tiro na coxa. Baleado, o homem foi socorrido e levado para um hospital da Serra, onde, depois de medicado, foi autuado em flagrante na Delegacia Regional, em Laranjeiras. Foi autuado por dar tiros em via pública, mas ao mesmo tempo foi vítima de tentativa de assassinato.

Em entrevista coletiva na sede da Chefatura de Polícia Civil, na Reta da Penha, em Vitória, o delegado Sandi Mori e o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, explicaram que o fato nada tem a ver com a política. Reforçaram que há uma disputa entre as gangues da Favelinha e da Região do Valão, em Central Carapina, e que a Rua Distrito Federal, onde ocorreu o tumulto, seria a área de conflito. Tão logo tomou conhecimento do suposto atentado, o delegado-geral telefonou para Sandi e o designou para iniciar as investigações. Pediu uma apuração célere devido a suposta gravidade do caso.

O delegado Sandi Mori é reconhecido pela sociedade e pelo Sistema de Justiça Criminal como um profissional sério e competente, que atua há mais de 10 anos na elucidação de assassinatos na Serra. Atua, sobretudo, ao lado da técnica e na isenção política. E, na coletiva de imprensa desta quinta-feira, ele apresentou a dinâmica da ocorrência envolvendo o candidato Muribeca.

“Às 20 horas de ontem (quarta-feira), dei início às diligências. Dos meus 12 anos e seis meses de Polícia Civil no Espírito Santo, estou há 10 anos e seis meses na Serra. Conheço todas as facções criminosas que agem no município. Eu e minha equipe procuramos trabalhar de maneira séria, competente e em busca de fatos reais. E, diante das imagens de vídeos colhidas no local do fato e com base nos depoimentos do próprio deputado [Muribeca], de outras testemunhas e do suspeito preso, posso afirmar que não houve nenhuma tentativa de assassinato ou atentado contra o candidato Pablo Muribeca”, enfatizou o delegado Rodrigo Sandi Mori.

Na manhã desta quinta-feira, o delegado ouviu depoimentos de testemunhas e do próprio Pablo Muribeca. Na sexta-feira (25/10), será a vez de Rodrigo Sandi ouvir o depoimento de seu colega Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória que está licenciado do cargo de delegado de Polícia Civil. Ao ser ouvido na DHPP da Serra, Muribeca mudou a versão de tiroteio e de atentado:

“Perguntado ao deputado [Muribeca] se o indivíduo apontou a arma para ele, o mesmo afirmou que não. Não houve, portanto, nenhuma tentativa contra nenhum integrante da comitiva do candidato”, completou o delegado Sandi Mori. Muribeca disse ainda no depoimento que pelo menos quatro dos integrantes de sua comitiva na carretada em Central Carapina estavam armados.

Sobre o vídeo gravado pelo candidato Pablo Muribeca, o delegado Sandi ponderou: “Vocês podem me perguntar: mas por que ele [Muribeca] fez vídeo dizendo ter sido vítima de atentado?”, questionou. O delegado-geral da Polícia Civil, Darcy Arruda, respondeu: “Não vamos responder pelo vídeo feito pelo candidato. Ele é responsável pelo que ele fala. O que podemos dizer é: foi uma briga entre desafetos de gangues rivais. Para nós, é um fato isolado”.

O revólver do suspeito baleado por cabo eleitoral de Muribeca não foi localizado: “Ele disse que perdeu a arma”, explicou Sandi Mori. Ele acrescentou, todavia, que as investigações vão prosseguir, para identificar e localizar o cabo eleitoral de Muribeca que atirou no suspeito. “O disparo que acertou o suspeito pode ter sido em legítima defesa”, disse o delegado.

Outra investigação é saber se o candidato-deputado Muribeca agiu de má-fé ao registrar Boletim de Ocorrência informando ter sido vítima de tentativa de assassinato. Essa investigação é que vai apontar se Muribeca responderá ou não por falsa comunicação de crime. Caso seja investigado, a Polícia Civil encaminhará o caso ao Tribunal de Justiça, a quem caberá autorizar ou não a instauração de Inquérito Policial conta Muribeca, pois, por ser deputado, tem prerrogativa de foro no âmbito do segundo grau. E, neste caso, a investigação terá que ser acompanhada pela Procuradoria-Geral de Justiça, que é o segundo grau do Ministério Público Estadual.

Saiba Mais

Conforme informado anteriormente pelo Jornal Tempo Novo, a denúncia do suposto atentado foi feita por meio de stories em suas redes sociais, em que Pablo Muribeca, visivelmente abalado, declarou que “tentaram tirar” sua vida. No entanto, as publicações foram apagadas pouco tempo depois, e por volta das 20h30 de quarta-feira, o candidato mudou a versão dos fatos.

Inicialmente, Muribeca afirmou em vídeo: “Tentaram me matar aqui em Central Carapina, mas graças a Deus estou bem”, repetindo a acusação em outro momento: “Tentaram me matar, tentaram me matar”. Essas declarações, feitas de forma enfática, desapareceram de suas redes sociais em seguida.

Mais tarde, a Assessoria de Imprensa do candidato Pablo Muribeca divulgou uma nova nota, que diz:

‘É triste e lamentável que ainda nos dias de hoje tenhamos que presenciar episódios de violência como o que aconteceu hoje no município da Serra. Eu, minha esposa, o prefeito Lorenzo Pazolini e todos que me acompanhavam correram um risco muito grande nesta noite. Não desejo isso para nenhuma família, nenhum morador, nenhum ser humano. A população da Serra é gente do bem, trabalhadora e não merece esse tipo de situação.

Graças a Deus, todos estão bem. Confiamos nas autoridades policiais para que os responsáveis sejam investigados e punidos.

Vamos continuar fazendo nossa campanha com alegria e lutando ao lado dos serranos.’

 

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