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Criado em 2019, o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que reúne os governadores dos sete Estados que compõem as duas regiões, vai ganhar uma sede própria. Trata-se de um escritório, que será instalado em Brasília e vai contar com funcionários e um secretário-executivo. Essa foi uma das decisões tomadas na 11ª reunião do Cosud, que começou na última quinta-feira (08/08) e se encerrou no sábado (10/08), em Pedra Azul, Região Serrana do Espírito Santo.

O Cosud foi criado como uma iniciativa para fortalecer a cooperação entre os governos do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Su, que reúnem mais de 114 milhões de habitantes, mais da metade da população brasileira. Os sete Estados também respondem por 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o secretário de Estado da Economia e Planejamento do Espírito Santo e coordenador a 11ª reunião do Cosud, Álvaro Duboc, a finalidade de instalar a sede em Brasília é por que, na capital federal, os governadores vão encontrar um ambiente maior de diálogo com o Governo Federal, Congresso Nacional – Senado e Câmara dos Deputados – e demais Poderes. Em Brasília, fica muito mais célere a apresentação de demandas e discussões de propostas. Caberá, segundo Duboc, ao atual presidente do Cosud, o governador Ratinho Júnior (Paraná), indicar o secretário executivo do órgão para atuar no Distrito Federal.

Durante as reuniões do Cosud em Pedra Azul, os governadores já vinham falando da necessidade de reestruturar o Consórcio, como a formação de um escritório para que o trabalho seja permanente. A ideia é reduzir, inclusive, o número de reuniões presenciais. Este ano, por exemplo, são, ao todo, três encontros. Já teve em Porto Alegre (em março), Pedra Azul e o próximo será em Santa Catarina, em novembro:

“Nós já conquistamos muitas vitórias com a formação do Consórcio, mesmo que o Consórcio ainda não era legalizado, mas nós atuamos em conjunto na votação da Reforma Tributária, por exemplo, nós atuamos em conjunto em diversas medidas no tempo do enfrentamento da Covid, nós temos diversas integrações entre as nossas secretarias e áreas do governo. Então, a gente já tem um nível de inserção hoje, de integração forte entre as nossas gestões. O que nós estamos fazendo agora com a legalização, com a formalização do consórcio, como a criação do CNPJ, vamos melhor a forma de trabalho. A partir de agora, cada governador vai ficar agora responsável por uma área, por uma câmara técnica e o governador terá a responsabilidade de apresentar a cada momento Os avanços que a gente está tendo em cada área. E fazendo a integração entre os sete Estados. Vai ser de fato um método de trabalho que buscará a praticidade de forma muito pragmática”, explicou o governador Renato Casagrande (PSB), anfitrião da 11ª reunião do Cosud.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), justificou também a necessidade de reestruturar o Cosud num espaço físico e de discussão permanente: “Já temos uma casa, que é a formação jurídica do Cosud. Agora, vamos contratar empregados e ter nosso próprio orçamento para trabalhar mais e ter mais realizações. Faremos essa transformação com integração, cooperação e compartilhamento de informações. Este é o nosso primeiro encontro após a formalização [jurídica] do Consórcio. Até então, em reuniões anteriores, ainda havia uma série de dificuldades porque o consórcio não estava juridicamente e legalmente constituído. Queremos deixa um legado para o futuro”, afirmou Zema.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), emendou: “Os encontros do Cosud me alegram muito, pois me dão a certeza de que nossas equipes de governos estão integradas. Queremos mudar e causar impactos no Brasil”.