Aos 53 anos de idade, casado, pai de dois filhos e de uma filha e avô de uma adolescente, o sargento PM Júlio Maria Ferreira de Araújo é um nome conceituado na Polícia Militar. Ele está na corporação desde 1994, é evangélico da Igreja Cristã Maranata e tem uma missão na vida, da qual não se separa jamais: ajudar as pessoas mais necessitadas: “Desde jovem tive interesse pela política, não propriamente dita partidária, mas aquela que me colocava mais próximo das pessoas necessitadas e que não tinham acesso às políticas públicas, como saúde, educação, lazer e segurança. Fui líder comunitário em três bairros de Vila Velha, entre os 18 e 23 anos, quando entrei para a Polícia Militar. Desde cedo, aprendi a ter conhecimento da política associativa e comunitária”, diz o sargento Júlio, que já está colocando seu nome como pré-candidato a vereador de Vila Velha.
Por imposição da Constituição Federal, militares estaduais e das Forças Armadas que estejam na ativa só podem se filiar a um partido político a partir deste mês de julho nos anos em que ocorrem eleições. Júlio já tem sido sondado por três partidos para disputar as eleições de outubro deste ano: PP, PL e União Brasil. Ele já experimentou a disputa de um plano: foi em 2008, quando teve 784 votos. O sargento Júlio já foi dirigente da Associação de Cabos e Soldados da PM e do Corpo de Bombeiros. Atuou como vice-presidente o triênio 2013/2015.
Caso seu nome seja referendado em convenção partidária, em julho, o sargento Júlio pretende apresentar aos eleitores de Vila Velha o trabalho que já vem realizando em vários bairros. Um dos focos é a segurança pública, aliada, no entanto, a programas sociais voltados para crianças, adolescentes e jovens. “Meu plano é apresentar uma proposta legislativa para a criação em Vila Velha de um programa idêntico ao Universidade Para Todos (ProUni), do Ministério da Educação. Defendo também que o Município implante uma espécie de pré-vestibular pública, que seria, na verdade, o Pré-Enem, para que jovens de famílias carentes possam disputar vagas em Universidades Federais e em faculdades particulares em igualdade de condições com os que têm melhores condições financeiras”, disse Júlio.
O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. De acordo com as regras do programa, as bolsas integrais são destinadas aos estudantes com renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Já as parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa.
O sargento Júlio disse que em suas pré-propostas está uma que leva a Guarda Municipal de Vila Velha para áreas mais vulneráveis, para aproximar os agentes das comunidades mais carentes, garantindo, assim uma paz social.
“Como policial, trabalhei em diversas unidades, como o 4º Batalhão da PM (Vila Velha), Companhia da Polícia Rodoviária (Trânsito), o Batalhão de Trânsito, a Assessoria Militar da Assembleia Legislativa, Batalhão de Trânsito, 1º Batalhão (Vitória). Conheço muito bem a realidade das comunidades, sobretudo, as mais carentes”, afirma o sargento Júlio, que atualmente está no Quartel do Comando Geral da PM, em Maruípe, Vitória.
Júlio Maria não mede esforços para ajudar as pessoas: “Posso não ter dinheiro, mas tenho amizade e isso é que conta. Moradores de meu bairro, em Vila Velha, e de outras regiões sabem disso e me procuram. Não nego ajuda a ninguém, sobretudo aos mais necessitados. Ajudo também colegas de farda. Eu sei o que ter necessidade. Na minha infância, eu vendia picolé, ainda com 8 anos de idade, para ajudar minha família. Depois dos 10 anos, passei a trabalhar com meu pai, que atuava como operador de máquinas pesadas e terraplanagem”, afirma o sargento.
“Meu interesse pela luta de classe, especificamente dos policiais e bombeiros militares, foi a partir do momento que conheci o sargento Nilton Walcher (já falecido), quando ele presidiu a ACS/ES (entre 1994 e 1997). Admirava o trabalho dele, que já está na reserva remunerada. O trabalho dele me despertou. Entretanto, somente disputei eleição para fazer parte da diretoria da ACS/ES no final de 2012, para o triênio 2013/2015, onde fui vice-presidente com muito orgulho.”