Os policiais penais Giovani de Souza Tesch, Gudierrys Santos Furlan, Fabiano Callegario Silva e Jeferson Soares da Motta, que integram a Divisão de Escolta e Recaptura Policial (DERP) da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), foram convocados para compor a Força Penal Nacional (FPN), instituída pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, para o reforço da segurança externa da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A utilização da Força Penal Nacional foi autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski, em publicação no Diário Oficial da União no dia 21 de fevereiro de 2024.
O uso da Força Penal Nacional em Mossoró se dar depois que os presos Rogério da Silva Mendonça (vulgo Querubim, Chapa ou Cabeça de Martelo ou Martelo) e Deibson Cabral Nascimento (conhecido como Tatu, Deisinho ou Deicinho), fugiram daquele presídio federal, em 14 de fevereiro de 2024. Eles são membros do Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil. Os bandidos continuam foragidos.
Os quatro policiais penais foram convidados pelo atual secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, que até recentemente era o secretário da Justiça (Sejus) do Espírito Santo. Garcia sabe que os profissionais capixabas têm conhecimentos técnicos essenciais para a missão, como a participação em cursos de aperfeiçoamento profissional. Em princípio, a designação é para atuação por 60 dias na missão. Caso seja necessária renovação, os policiais penais poderão ficar por mais 60 dias. Para o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, o trabalho qualificado da Polícia Penal do Espírito Santo é um ponto importante a ser ressaltado.
“São policiais penais preparados para a missão a qual foram submetidos, com expertise em ações de segurança voltadas para o policiamento extramuros das unidades prisionais. Além disso, ressaltamos a união de esforços junto à Força Penal Nacional para a garantia da segurança de unidades federais que realizam a custodia de presos de alta periculosidade. É uma cooperação importante que demonstra a integração entre o ente federativo e o Estado do Espírito Santo”.
A Força Penal Nacional foi criada em 2023, e tem como objetivo atuar em situações de crise no sistema prisional, promovendo a cooperação entre diferentes esferas de governo e agências para alcançar melhorias na segurança pública e nas condições carcerárias. A missão da Força Penal Nacional é garantir a segurança das unidades penais, além de preparar os profissionais da área prisional do país a atuarem na preservação da ordem pública e da segurança das pessoas e do patrimônio no sistema penitenciário brasileiro.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Penal, José Franco Morais Júnior, o envio dos policiais penais capixabas demonstra a capacidade de articulação entre as instituições envolvidas com a segurança e o sistema prisional, em nível nacional. “O trabalho integrado entre as polícias penais de diferentes estados vem apresentando resultados importantes na manutenção da ordem e disciplina nos estabelecimentos penitenciários e no combate à criminalidade”, destacou.
Para o policial penal Fabiano Callegario Silva, integrante da FPN, é gratificante participar de uma Missão como essa. “Além de colaborar com nossos serviços para a Senappen, conseguirmos ter uma miscigenação de conhecimentos com as demais Polícias Penais de todas as regiões brasileiras”, enfatizou.
(Com informações também do Portal da Sejus/ES)