Estado mais bem organizado do Brasil, o que lhe permite a promover uma série de investimentos que garantem o desenvolvimento econômico e social; dono da melhor gestão fiscal do País; Nota A pelo 12º ano consecutivo na avaliação sobre a Capacidade de Pagamento dos Estados e Municípios (Capag) da Secretaria do Tesouro Nacional (STN); detentor de um programa de segurança pública – Estado Presente em Defesa da Vida – que serve de exemplo para outros entes federados; celeiro de logística que recebe empresas de várias regiões; um ambiente institucional harmonioso entre os Poderes e a sociedade civil. Esses são alguns dos motivos que levaram a economia do Espírito Santo registrar a maior taxa de crescimento entre os Estados da Região Sudeste, apresentando também um desempenho acima da média nacional.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e informam que o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba cresceu 6,0%, estando à frente dos gigantes Minas Gerais, que teve crescimento de 5,7%, São Paulo (4,7%) e Rio de Janeiro (4,4%). Estes dois Estados vizinhos tiveram altas inferiores à média nacional. O resultado alcançado é fruto das políticas públicas adotadas pelo governador Renato Casagrande (PSB), desde sua primeira gestão, entre 2011 e 2014, e retomada no segundo mandato (2019/2022) e no atual, que se iniciou em janeiro de 2023 e vai até final de 2026. As políticas públicas implementadas beneficiam diversos setores e permitem que o desenvolvimento econômico e social do Estado caminhem juntos.
De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), que integra a rede nacional de pesquisa coordenada pelo IBGE e desenvolve os cálculos do Sistema de Contas Regionais 2021, o bom desempenho deixou o Espírito Santo acima da média nacional, que foi de +4,8%. Os setores que mais contribuíram com esse avanço foram Indústria e Serviços, que registraram taxas de crescimento de +4,2% e +5,5% respectivamente. Já a Agropecuária permaneceu estável (0,0%).
“O Espírito Santo apresentou o nono maior crescimento da economia no Brasil e foi o Estado que mais cresceu no Sudeste. Além dos resultados gerais, chama a atenção no estudo que a indústria apresentou o segundo maior peso na própria economia, representando próximo de 38% da economia capixaba, contribuindo também para o avanço em nível nacional”, explicou o diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira.
Em valores correntes, o PIB do Espírito Santo chegou à cifra de R$ 186,3 bilhões, com um acréscimo nominal de R$ 47,9 bilhões em relação ao ano anterior. Isso resultou em um aumento no ganho de participação no PIB brasileiro, chegando a 2,1% em 2021 contra 1,8% em 2020. Quanto ao PIB per capita, o Espírito Santo avançou de R$ 34.066 registrados em 2020 para R$ 45.354 em 2021. O resultado ficou acima da média nacional (R$ 42.248) e é equivalente a um aumento real de +4,8% no período. Com esse número, o Estado se manteve na 9ª posição no PIB per capita, posição ocupada nos três anos anteriores.
De acordo com Pablo Lira, o resultado é um indicativo de que a economia capixaba retomou o crescimento de forma mais forte após as fases mais desafiadoras da pandemia da Covid-19:
“Há mais de uma década o Espírito Santo mantém um ambiente favorável para a atração de investimentos, com contas públicas equilibradas combinadas com políticas públicas de responsabilidade social e promoção do desenvolvimento que convergem esforços do Governo Estadual, demais Poderes, municípios e setores produtivos. Esses são alguns aspectos que contribuem para que a economia capixaba apresente resultados acima da média nacional e da Região Sudeste”, pontuou o presidente do IJSN.
Desempenho setorial
De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves, a expansão do PIB capixaba em 2021 foi impulsionada pelos setores de Serviços e Indústria, enquanto a Agropecuária permaneceu estável. Segundo o estudo apresentado pelo IJSN, a retomada das atividades presenciais explica o crescimento do setor de Serviços, que avançou +5,5%. As atividades que apresentaram as maiores taxas de crescimento foram: Comércio e reparação de veículos (+11,1%), Educação e saúde privadas (+10,4%), Alojamento e alimentação (+9,6%) e Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (+9,6%).
Já na Indústria, que avançou +4,2%, os destaques foram a Indústrias de transformação (+15,1%) e de Construção (+13,1%). As Indústrias extrativas (-10,1%), atividade em que o Espírito Santo tem relevância nacional, teve queda influenciada pela redução na extração de petróleo e gás e na pelotização de minério de ferro.
“Setorialmente, o crescimento do PIB do nosso Estado foi proporcionado pelos setores de Indústria, puxado pela indústria de transformação, e de Serviços. Nesse sentido, vemos um destaque para a indústria de transformação, que apresentou uma variação bem significativa em termos de volume e preço na nossa economia”, detalhou o diretor de Integração do IJSN, Antonio Ricardo Freislebem da Rocha.
Na Agropecuária, o resultado combinou os acréscimos de +0,5% em Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita e +2,5% em Produção florestal, pesca e aquicultura, com a retração de -1,3% em Pecuária, inclusive apoio à pecuária.
Cálculo do PIB Estadual
O Produto Interno Bruto dos estados é calculado por meio do Sistema de Contas Regionais, programa de trabalho coordenado pelo IBGE, cuja construção e desenvolvimento é realizado em parceria com os órgãos estaduais de Estatística, as secretarias estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O Instituto Jones dos Santos Neves é o representante oficial do Estado do Espírito Santo no cálculo do indicador. O Sistema de Contas Regionais estima o PIB pelas óticas da produção e da renda, com metodologia uniforme, por Unidades da Federação, e integrada ao Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.