“O nosso governador dá gosto de ver; fazendo o Espírito Santo crescer, crescer”. Com este refrão, crianças do Grupo de Jongo Tambores de São Mateus, de uma comunidade de Anchieta, fizeram na manhã desta segunda-feira (27/11) mais uma homenagem ao governador Renato Casagrande (PSB). Foi durante a cerimônia de entrega do “Prêmio Escola que Colabora” (PEC), no Palácio Anchieta, em Vitória. Meninos e meninas, da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental São Mateus, em Anchieta, se apresentaram na abertura do evento, que teve também a presença da Banda Marcial da Escola Municipal de Ensino Fundamental Adalgiza Fernandes Marvilla, do bairro Condados, em Guarapari.
Esta foi a segunda homenagem que o governador capixaba ganha de estudantes em três dias. Na última sexta-feira (24/11), Casagrande foi recepcionado por alunos do Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral (CEEFMTI) Bráulio Franco, localizado no Centro de Muniz Freire. Os adolescentes fizeram um cartaz com a frase “Nossas digitais não se apagam das vidas que tocamos”.
A homenagem ao governador desta segunda-feira teve que ser repetida. É que, minutos antes do Grupo de Jongo Tambores de São Mateus se apresentar, Casagrande teve que se ausentar do Salão São Tiago para atender a uma chamada urgente em seu telefone celular. Quando o cerimonialista anunciou que o governador receberia também um presente das crianças, o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, foi ao microfone e justificou a ausência momentânea do chefe do Executivo Estadual e pediu aos meninos e meninas para que, quando o governador voltasse, o grupo fizesse a homenagem e repetiria a música, levantando aplausos da plateia que estava no Salão São Tiago.
O governador voltou segundos depois, pediu desculpa pela ausência para atender a um telefonema importante, ouviu a música em sua homenagem e recebeu o presente: “O nosso governador dá gosto de ver; fazendo o Espírito Santo crescer, crescer”. Mais tarde, ao final do evento, ele comentou sobre a homenagem: “É importante porque, quando vem [homenagem] da educação ficamos muito felizes, uma vez que a gente está conquistando e produzindo resultados. Se estamos produzindo resultados, é porque estamos, com toda certeza, criando um ambiente propício para avançar ainda mais”.
Sobre o “Prêmio Escola que Colabora”, o seu objetivo é, por meio do Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo (Paes), valorizar as instituições com os melhores indicadores educacionais, visando a promover a isonomia na educação capixaba e a estabelecer relações de cooperação técnico-pedagógicas entre as Escolas da Rede Pública Estadual e Municipal do Estado do Espírito Santo.
“Esse prêmio é um incentivo para quem está bem colocado e essas escolas assumem uma responsabilidade de ajudar a quem não está tão bem colocado, ou seja, é uma motivação a mais. Temos diversos investimentos na área da educação para que possamos dar qualidade no ensino e gerar oportunidades aos nossos jovens alunos. Sabemos que temos muito a melhorar, mas nossos resultados mostram que estamos no caminho certo”, disse o governador Casagrande.
O “Prêmio Escola que Colabora” foi criado por meio da Lei 10.880/2018, regulamentada pelo Decreto 5.410-R/2023 e pela Portaria 155-R/2023, e consiste em um programa da Secretaria da Educação (Sedu) que estabelece a premiação no valor de R$ 70 mil para as 50 escolas com os melhores indicadores educacionais no Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes), referentes ao ano anterior à edição do Prêmio. Com o recurso do prêmio, a escola pode investir ainda mais na educação, ampliando suas práticas bem-sucedidas e inovando com novas estratégias.
O secretário Vitor de Angelo ressaltou a alegria de estar celebrando a terceira entrega de mais 50 prêmios. “Ao reconhecer quem já foi bem nos processos educacionais, desejo que essa premiação possa ajudar quem ainda vai melhorar. Que nós possamos, com isso, melhorar os indicadores da educação do Espírito Santo, tanto da Rede Pública Estadual quanto Municipal, e, sobretudo, permanecer de mãos dadas, na perspectiva de colocar todos no mesmo patamar de qualidade”, pontuou o secretário.
Buscando a isonomia na educação capixaba, o Prêmio Escola que Colabora prevê que as 50 escolas com melhores indicadores educacionais (escolas premiadas) estabeleçam relações de cooperação técnico-pedagógicas pelo período de dois anos, com 50 escolas com indicadores educacionais mais desafiadores (escolas apoiadas). O objetivo é, por meio de práticas educacionais exitosas compartilhadas, qualificar a educação das escolas apoiadas e, por consequência, melhorar seus índices.
Para obter sucesso nessa relação de cooperação técnico-pedagógica, as escolas apoiadas também farão jus a um auxílio financeiro no valor de R$ 50 mil, que deve ser usado em estratégias pedagógicas e em investimentos de materiais para a melhoria da educação da unidade escolar.
A Escola Municipal Hilda Correa Lemos, localizada em Afonso Cláudio, foi uma das unidades vencedoras do “Prêmio Escolar que Colabora” de 2022. “Nossa escola estava com resultados ruins e, com esse prêmio, pudemos montar projetos que fizeram a diferença na escola. A nossa unidade reformada com a ajuda do município, compramos materiais de áudio e vídeo, climatizamos todas as salas, entre outras ações. Esse dinheiro só veio para somar”, destacou a diretora da Escola, Patrícia da Rocha Pim.
Uma das escolas premiadas deste ano foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Elvira Barros, também situada em Afonso Cláudio. “Temos como prática na nossa escola ações individualizadas de professores e também ações coletivas, como avaliações e estímulos de educação. Nossos alunos e familiares se sentem pertencentes a escola, participam de todos os eventos, inclusive, temos o lema ‘Lugar de gente feliz’. Gostaria de pautar também a troca entre os alunos como sistema de monitoria, o que ajuda no processo de ensino-aprendizagem”, ressaltou o diretor da unidade, Allan Dyoni Man.
“Juntos, conseguimos alcançar ótimos resultados. Crescemos de 8,27% para 9,94% no Índice de Resultado da Escola, e esse foi o maior resultado de todas as redes. Quero agradecer, em nome da nossa comunidade escolar, ao governador Renato Casagrande e ao secretário Vitor de Angelo por tudo que fazem pela educação”, acrescentou Dyoni.
O Prêmio
As premiações e a disponibilidade de auxílio financeiro têm periodicidade anual. No entanto, as escolas contempladas em uma edição não podem participar das duas edições subsequentes. As escolas com altos indicadores educacionais necessitam preencher alguns critérios para participação no “Prêmio Escola que Colabora”.
São eles: ser escola pública, ofertante do Ensino Fundamental, da Rede Estadual ou Municipal; participar do Paebes; ter, no mínimo, 15 alunos avaliados em Língua Portuguesa e Matemática no Paebes na etapa de ensino contemplada; ter, no mínimo, 90% dos alunos matriculados avaliados na última edição do Paebes na etapa de ensino contemplada; constar entre as 50 escolas com as maiores médias na última edição do Paebes, calculada com base no Índice de Resultado da Escola (IRE), excluídas as escolas que foram premiadas na edição anterior. Nas duas últimas edições, o montante das premiações foi de R$ 9.582.000,00.
(Fotos: Hélio Filho/Secom)