O governador Renato Casagrande (PSB) comentou, na manhã de sábado (11/11), as informações publicadas pelo O Globo de que o senador ‘capixaba’ Magno Malta (PL) fazia parte de um grupo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como Presidente da República.
Casagrande não citou o nome de Magno Malta, porém, condenou a atitude de quem prega contra a democracia. Para o líder capixaba, “a democracia é nosso único caminho” e que é missão de toda sociedade “defender as instituições democráticas”. Para ele, quem sai dessa linha tem que ser condenado:
“Eu não vou falar nem de caso específico. Eu vou dizer que, em tese, nós não temos outro caminho a não ser a democracia. A democracia é o caminho difícil, mas é o único caminho que nós temos. Fora da democracia, vamos ver atrocidades, vamos ver o desrespeito aos direitos humanos, vamos ver o desrespeito às pessoas, vamos ver um ambiente desorganizado. Então, a democracia é nosso único caminho. É tarefa de todos, com mandato ou sem mandato, defender as instituições democráticas. É isso que nós precisamos. Qualquer comportamento diferente disso tem que ser condenado”, disse Casagrande ao site Blog do Elimar Côrtes.
Conforme vem sendo noticiado, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, afirmou, em colaboração premiada à Polícia Federal, que o senador Magno Malta e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) integravam o grupo que pediu a Bolsonaro que promovesse um golpe de Estado e implantasse uma ditadura no Brasil.
“Esse grupo de conselheiros radicais”, de acordo com Mauro Cid, dizia que Bolsonaro teria apoio da população e de pessoas armadas, os CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores), que tiveram o acesso a armas facilitado durante o governo passado. As informações são da coluna de Bela Megale, do jornal O Globo. Também faziam parte do grupo, ainda segundo Mauro Cid, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conforme a coluna de Aguirre Talento, do portal UOL.
Segundo a revista Isto É, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro afirmou que as acusações são “absurdas”, enquanto Eduardo disse que a “narrativa não passa de fantasia, devaneio”. Em nota, o senador Magno Malta disse que nunca incentivou o ex-presidente a dar um golpe de Estado e ressaltou a importância de “realizar análises aprofundadas antes de se tirar conclusões”.
E afirmou: “Minhas interações com Bolsonaro após as eleições eram pautadas em momentos de consolo, orações e leitura da Bíblia. Estou plenamente disposto a cooperar com as autoridades, buscando esclarecer quaisquer dúvidas que possam surgir. Acredito que a menção do meu nome está relacionada ao tempo que passei com o ex-presidente, mas reitero que não há fundamento para preocupações, pois não cometi nenhum crime”, afirmou Magno Malta, que é natural da Bahgia, mas se tornou político no Espírito Santo, onde foi vereador (Cachoeiro de Itapemirim), deputado estadual, deputado federal e senador (agora em terceiro mandato.