A Secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, prestou contas dos investimentos e realizações de sua Pasta no primeiro quadrimestre deste ano. A audiência pública foi na Câmara Municipal de Vitória, na última sexta-feira (26/05). Durante os meses de janeiro a abril de 2023, o Município investiu R$ 69,5 milhões recebidos do Fundeb e R$ 80,7 milhões de recursos próprios. Do total, R$ 98 milhões foram gastos com pessoal e encargos; R$ 44,5 milhões para custeio; e R$ 4,2 milhões para reformas.
Ao longo da gestão, estão previstos para serem executados R$ 108 milhões em obras que incluem a construção de cinco Escolas de Ensino Fundamental (EMEFs) e quatro Centros de Ensino Infantil (CMEIs), além de climatização e reformas nas escolas. A rede municipal conta com 103 unidades de ensino, 6938 servidores da Educação e 42 mil estudantes. Há 2.435 alunos neurotípicos, que compõem o público de especificidades.
“Entendemos que atender ao público de especificidades é uma obrigação constitucional nossa e não vale mais ele só estar na escola. Ele tem que ser acolhido e ter garantido o direito de aprender”, afirmou a secretária Juliana Rohsner. Segundo ela, as 17 unidades em tempo integral são motivo de orgulho. “Para gente é uma alegria porque ela (a educação integral) de fato transforma, oportuniza e diminui a desigualdade social”, afirmou.
Após a pandemia da Covid/19, a jornada nas escolas foi ampliada. “Muito se fala de termos ampliado a carga horária e sabemos como cada minuto dessa criança é importante para a gente. São 100 horas na escola a mais por ano”, relata a secretária. “Incluímos Inglês desde o primeiro ano, e clube de leitura para estimular a leitura. Trouxemos as práticas experimentais e temos 37 turmas que optaram por ter aulas de libras para se comunicarem com colegas surdos”, afirmou Juliana Rohsner.
A secretária lembrou a importância da parceria com as outras Secretarias. “A educação integra para a sociedade inteira. Uma criança que é transformada, será transforma para a cidade inteira, portanto precisamos de todas as Secretarias. Educação não se faz sozinho”.
Sobre a segurança no ambiente escolar, Juliana Rohsner listou as ações aplicadas. “Estamos com os melhores pesquisadores pensando em como garantir para nossas crianças um ambiente seguro. Então trabalhamos em três eixos; estrutural, intersetorial e pedagógico”. No eixo estrutural, o Município investiu na infraestrutura física, identificando possíveis fragilidades e fazendo as intervenções necessárias. No eixo intersetorial, foi feito um trabalho integrado com a Semsu; a Semus; a Semas; e a Semcid. A Seme adquiriu e entregou a todas as unidades de ensino o botão do pânico.
Além desses dois eixos, a secretária Juliana Rohsner detalhou o que está sendo feito no eixo pedagógico. “A escola não pode ser um lugar de sofrimento, não pode ser lugar de violência, com homofobia, segregação, racismo. E nesse sentido temos trabalhado muito. Estamos assumindo a responsabilidade de ter um clima escolar acolhedor e que promova uma experiência de vida e de promoção de paz”.
Ao abrir para as perguntas, o vereador Luiz Paulo Amorim quis saber se existia algum projeto para o bairro São Benedito, e o vereador Leonardo Monjardim perguntou sobre se haverá mais escolas de horário integral. A secretária respondeu que em relação ao CMEI em São Benedito, trata-se de um terreno complexo, em três níveis.
“O terreno não tem viabilidade técnica por conta das atuais regras de acessibilidade. Mas com a inauguração do Paulo Roberto, vamos fazer uma reorganização de rede lá”, disse. E sobre EMEFs em tempo integral, Juliana Rohsner explicou que, para fazer o tempo integral, há redução de vagas, pois onde se atendem 500 alunos, se passará a atender 250. “Então para fazer esse estudo, analisamos quais escolas da região podem absorver esses 250 alunos. Hoje temos oito escolas em transição para tempo integral”, afirmou.
“Eu brigo muito para que tenhamos uma função escolar que garanta a aprendizagem. A escola é um lugar cheio de sentido, de afeto, o primeiro lugar das nossas relações e onde vamos entender o diferente, o diverso. Temos que pensar em quais são as marcas que estamos deixando nas nossas crianças. Orgulha-me estar à frente desse time”, finalizou a secretária Juliana Rohsner.