A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou na noite de domingo (07/05) que infecções pelo vírus Sars-COV 2, responsável pela Covid-19, vão continuar ocorrendo e que o momento é de fortalecimento dos sistemas de vigilância, diagnóstico, assistência e vacinação. Segundo ela, o vírus ainda sofrerá mutações e, por isso, os cuidados devem ser mantidos. A ministra também criticou a gestão da pandemia do coronavírus pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Partindo de um apelo para a população procurar os centros de saúde para receber a vacina que protege contra a Covid-19, ela disparou que as mais de 700 mil mortes ocorridas no Brasil durante a pandemia poderiam ter sido evitadas.
“É hora de intensificar a vacinação. As hospitalizações e óbitos pela Covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”, destacou a ministra do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cadeia de rádio e televisão.
“Por esta razão, o Ministério da Saúde, ao lado de Estados e Municípios, realiza desde fevereiro um movimento nacional pela vacinação de reforço para Covid- 19. Esta é a forma mais eficaz e segura de proteger nossa população. Precisamos estar unidos pela saúde, em defesa da vida”, acrescentou.
Na última sexta-feira (05/05), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. “Depois de termos passado por um período tão doloroso, nosso País recebe essa notícia com esperança”, afirmou Nísia. “O momento é de transição do modo de emergência para enfrentamento continuado como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas.”
Durante o pronunciamento, a ministra lembrou que o Brasil perdeu 700 mil vidas durante o surto sanitário. “Muitos foram os obstáculos ao longo desta pandemia. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas. Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência. Se fossem seguidas e cumpridas as obrigações de governante de proteger a população do País. Não podemos esquecer. Precisamos preservar esta memória para construir um futuro digno”, reforçou Nísia Trindade.
Ela agradeceu os cientistas e os laboratórios que desenvolveram os imunizantes e fez uma referência especial aos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). “Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limites dos trabalhadores e das trabalhadoras da saúde”, destacou a ministra.
“A eles, agradeço em meu nome e em nome do presidente Lula, que tem se dedicado desde o primeiro dia de nosso governo à política do cuidado e ao fortalecimento do SUS”, reforçou Nísia.