A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que em breve mudará de nome, e a VLI – empresa de soluções logísticas que integra portos, ferrovias e terminais – assinaram, nesta segunda-feira (13/02), memorando de entendimento para obras de expansão do novo Porto de Vitória, com o objetivo de aumentar o volume de cargas escoado pelo local. Vai ser o primeiro grande investimento da nova Codesa desde que foi privatizada pelo Governo Federal, em leilão realizado no dia 30 de março de 2022. Assinado no Gabinete do governador Renato Casagrande (PSB) e que contou com a presença do ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, o documento assume que os estudos a serem realizados em conjunto podem concluir pela existência de uma oportunidade para investimentos em ferrovia, porto e terminais que atinjam até R$ 200 milhões. Existe expectativa da geração de centenas de empregos.
“A VLI vê nesta ocasião mais uma oportunidade de contribuir para o fortalecimento da infraestrutura logística do Espírito Santo e para um atendimento ainda mais amplo aos clientes que movimentam cargas no sistema portuário do Estado. Como uma companhia de logística multimodal, a VLI tem nos portos um elo estratégico e complementar na sua cadeia. Nesse sentido, o Porto de Vitória é mais um parceiro portuário importante para VLI. Uma integração entre a ferrovia e o porto mais eficiente cria capacidade para o incremento de volumes que serão gerados com a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica”, afirmou Fábio Marchiori, que é CEO interino da VLI e diretor Financeiro, de Supply Chain e de Serviços da companhia.
O diretor-presidente do Porto de Vitória, Ilson Hulle, disse que a assinatura do memorando é um passo importante dentro do propósito da nova gestão do porto de investir em aumento da capacidade, diversificação de cargas e novas áreas de exploração portuária.
“O Porto de Vitória possui uma vantagem competitiva em função da sua localização privilegiada, atuando como um elo logístico que envolve diversos modais. Nossos esforços estão voltados para fortalecer o complexo portuário, visando impulsionar um ambiente de negócios mais dinâmico, eficiente e ágil. Estamos prontos para oferecer soluções com alta performance, eficiência e tecnologia de ponta, proporcionando mais qualidade e segurança para alavancar os resultados de nossos parceiros”, assegurou Ilson Hulle, que é capixaba e assumiu a direção da empresa em agosto de 2022.
Ele assegurou ainda que o volume de novos negócios nos portos operados pela Codesa vai se traduzir na geração de novos empregos. De acordo com Ilson Hull, o aumento do volume nos portos vai dialogar com novos empreendimentos e negócios, possibilitando, assim, um incremento significativo de pessoas trabalhando e atuando nas obras e no pós-obras.
O governador Renato Casagrande comemorou a assinatura do memorando de entendimento para a expansão do Porto de Vitória, ao mesmo tempo em que agradeceu a presença do ministro Márcio França no Estado: “O Espírito Santo tem uma cultura para o comércio internacional muito forte. Temos uma estrutura logística bastante forte e avançada. Temos interesse em fortalecer cada vez mais nossos serviços de logísticas. Por isso, os portos e aeroportos são muito importantes para o Espírito Santo”, frisou Casagrande.
Os estudos a serem realizados pela VLI e pela nova Codesa contemplam a análise de capacidades necessárias a acomodar a matriz de carga em estudo, incluindo adequações e capacitações de ramais ferroviários que acessam o Porto de Vitória, bem como ramais internos à poligonal do terminal, capacidade de píer – envolvendo berços, calado e equipamentos, entre outros aspectos – e sistemas de carregamento, descarregamento e armazenagem estática das cargas a serem movimentadas.
Atualmente, a VLI movimenta cerca de 25 milhões de toneladas anuais nos portos e ferrovias do Espírito Santo, com cargas que trafegam pela Ferrovia Centro-Atlântica, em Minas Gerais, e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, onde a VLI opera por direito de passagem, para acesso aos portos do Espírito Santo. A operação portuária atual é concentrada nos terminais de Praia Mole, de Granéis Líquidos e de Produtos Diversos, instalados no Complexo Portuário de Tubarão.
O estudo estima um aumento de cerca de 5 milhões de toneladas de granéis sólidos minerais e vegetais à matriz de carga atual nos fluxos de importação e exportação do Estado. Para dar vazão a este aumento de volumes transportados, a VLI também analisará oportunamente a necessidade de aquisição de novos vagões e locomotivas.
Participaram do evento, no Palácio Anchieta, o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço; os deputados federais Josias Da Vitória, Paulo Foletto e Dr. Victor Linhalis; os deputados estaduais Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa, Denninho Silva, João Coser e Tyago Hoffmann; o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo.
Ferrovia Centro-Atlântica
A Ferrovia Centro-Atlântica percorre sete estados brasileiros, transportando riquezas de diversos segmentos, como o agronegócio, siderurgia e construção civil para abastecimento dos mercados interno e externo. A renovação antecipada da concessão da FCA, atualmente em curso nos órgãos reguladores, poderá marcar um novo ciclo de crescimento, investimentos e contribuição com a indústria ferroviária nacional, em virtude da aquisição de novos vagões e locomotivas para transportar o aumento de carga previsto, proporcionando um atendimento ainda mais amplo e eficiente aos clientes.
Sobre a VLI
A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no País, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória. Por três anos consecutivos presente no ranking 100 Open Corps – que reconhece o estímulo à inovação aberta –, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Sobre o Porto de Vitória
O Porto de Vitória atua como um elo logístico eficiente e um relevante indutor no desenvolvimento, gerando riquezas com responsabilidade socioambiental. Pioneirismo, experiência e inovação fazem parte de sua história, sendo o primeiro e único porto sob gestão privada no Brasil. Em uma localização privilegiada na costa brasileira, o complexo contempla os terminais de Vitória, Capuaba e Barra do Riacho, no Espírito Santo. Com eficiência, qualidade e segurança, o Porto de Vitória reúne tecnologia de ponta e alta performance para impulsionar os resultados e o desenvolvimento socioeconômico.
Em abril do ano passado, o Fundo de Investimentos em Participações Shelf 119, liderado pela Quadra Capital, venceu o leilão de privatização da Codesa. A Quadra venceu o certame disputado com o consórcio liderado pela Vinci Partners com o lance de R$ 106 milhões de outorga. Além da privatização, o leilão contempla a concessão dos portos de Vitória e de Barra do Riacho por 35 anos, com possibilidade de prorrogar o contrato por mais 5 anos.
(Com informações também da Assessoria de Imprensa da VLI)