Pela primeira vez, o governador Renato Casagrande (PSB) anunciou apoio à candidatura do deputado estadual Marcelo Santos (Podemos) às presidência da Assembleia Legislativa, cuja eleição acontece no dia 1º de fevereiro. Pela primeira vez também, Casagrande pontuou os motivos que o levaram a apoiar Marcelo, que entra, neste ano de 2023, em seu sexto mandato consecutivo na Ales. Filho do ex-prefeito de Cariacica e ex-deputado federal Aloísio Santos, Marcelo iniciou a trajetória política em 2003.
Outro possível candidato é o deputado Vandinho Leite (PSDB), que é também da base aliada do Governo no legislativo. Casagrande espera, no entanto, que ainda haja a inscrição de uma chapa única. De acordo com o governador, seu posicionamento a uma semana do pleito se deve a pedidos dos próprios deputados estaduais, que queriam uma orientação sua para poder definir o voto:
“A base governista queria uma orientação minha. Eu estava com dois candidato muitos bons e aliados do Governo do Estado. Porém, por uma questão de mais tempo na Assembleia, por uma questão de que não será mais candidato a deputado estadual e nem a prefeito (de Cariacica), pelo tempo já de aliança que tem comigo, eu fiz a orientação para o deputado Marcelo Santos. Todavia, eu reconheço todo o trabalho que o deputado Vandinho Leite faz na Assembleia e o apoio que dar ao Governo no Parlamento”, disse Renato Casagrande, logo depois de participar da inauguração da nova sede do Sindicato Nacional dos Aposentados no Espírito Santo (Sindnapi), que fica no térreo do edifício Jusmar, na Esplanada Capixaba, Centro de Vitória.
Até alguns dias atrás, a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa tinha ainda mais três nome: João Coser (PT), Tyago Hoffmann (PSB) e Dary Pagung (PSB) – todos da base do governo. Tyago, que nunca tinha se colocado oficialmente como candidato, foi o primeiro a procurar o governador Casagrande para declarar que de fato não seria candidato, justamente para tentar agregar e unir a base. Coser e Pagung também desistiram.
Diante do gesto de grandeza desses três parlamentares, o governador reforçou o que defendia desde o início: o consenso em torno de uma única chapa. Ele continua defendo essa ideia, mas entende que os deputados têm liberdade para decidir o futuro do Legislativo:
“O ideal é que tivesse uma chapa só, mas é lógico que os deputados têm direito dos seus movimentos na Assembleia Legislativa. O que eu fiz foi dar orientação à minha base, as pessoas que queriam a minha orientação. Teve deputado da base que não estava pedindo a minha orientação, mas quem pediu essa orientação eu dei, porque era um pedido. É um respeito total nosso a todos os parlamentares da Assembleia”, afirmou o governador Casagrande.