José Acácio Sererê Xavante, de 42 anos, que se passa por líder dos Xavantes e que foi preso na última segunda-feira (12/12), em Brasília, pela prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos, já foi condenado pela acusação de tráfico de drogas. Em 2007, ele foi preso na cidade de Campinápolis, a 544 quilômetros de Cuiabá. Ele e a esposa foram flagrados pela polícia com porções de cocaína.
Sererê, bolsonarista assumido e que se diz pastor de igreja evangélica, foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão em regime fechado. Em 2009, a defesa de Sererê recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu tirá-lo do regime fechado. A decisão foi tomada com base no Estatuto do Índio. O texto estabelece que indígenas condenados devem ter a pena atenuada e, se possível, cumpri-las em semiliberdade, em um órgão público de assistência aos indígenas. O caso foi julgado em 28 de abril de 2009 pela Quinta Turma do STJ. A votação foi unânime. Os seguintes magistrados acompanharam o relator do caso, ministro Jorge Mussi: Felix Fischer, Laurita Vaz, Arnaldo Esteves e Napoleão Nunes Maia Filho.
Segundo o processo, Sererê foi preso por policiais civis em 27 de novembro de 2007, em Campinápolis (MT). Na ocasião, o indígena portava trouxinhas de cocaína. A corporação alegou que a droga seria traficada. Ainda de acordo com os documentos, o índio e sua então esposa agiam juntos para cometer esse crime. Em primeira instância, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso condenou o indígena a 4 anos e 8 meses de prisão, além de multa, por dois crimes previstos na Lei Antidrogas: tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
No início da noite de segunda-feira (12/12), o indígena bolsonarista extremista Seretê foi preso pela Polícia Federal em Brasília. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acolhendo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A prisão é temporária, com prazo inicial de 10 dias.
Logo após à prisão do indígena Sererê, bandidos deflagraram uma série de atos de vandalismo em Brasília. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, oito veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados. A Polícia Militar entrou em confronto com os bolsonaristas, e um shopping teve de ser fechado por causa da ação.
Veja a série de ataques:
ATAQUE À SEDE DA PF
BOTIJÕES DE GÁS NA RUA
CARROS INCENDIADOS
ÔNIBUS INCENDIADOS
ATAQUE A DELEGACIA
DEPREDAÇÃO DE POSTES
CARROS DEPREDADOS
ÔNIBUS EMPURRADO DE VIADUTO
FUNCIONÁRIOS E PASSAGEIROS ABORDADOS
BARRICADAS
LIXEIRAS VANDALIZADAS