Em nota enviada à A Tribuna, na noite de quarta-feira (19/10), por sua Assessoria de Imprensa, o candidato ao governo do Estado pelo PL, Carlos Manato, se defende das acusações feitas por sua ex-assessora Izabella Renata Andrade da Costa. Ela denunciou um suposto esquema de ‘rachadinha’ no gabinete do então deputado federal Manato, entre 2016 e 2017. Izabella revela também como foi arquitetado o movimento do aquartelamento dos policiais militares do Espírito Santo, durante 22 dias de fevereiro de 2017, e aponta Manato como um dos articuladores.
A nota da Assessoria de Carlos Manato diz o seguinte: “O Inquérito Policial sobre a rachadinha foi arquivado no passado. Nada foi constatado. Ela (Izabella) e o então marido (Walter Matias) trabalharam cuidando das mídias sociais do então deputado federal Carlos Manato. Causa estranheza, faltando 11 dias para as eleições, ela (Izabella) procurar o jornal para falar de um suposto caso de 2017, quando deveria procurar o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Isso é falácia e tentam plantar uma notícia falsa e um jornal de credibilidade como A Tribuna. Não temos nada a temer e queremos que tudo seja esclarecido, como já foi no passado quando tentaram forjar a mesma notícia falsa já esclarecida pela Justiça”.
De fato, Carlos Manato respondeu a um Inquérito Policial que tramitou na Superintendência Regional da Polícia Federal do Distrito Federal. Foi o IP nº 1019070.05.2020.4.01.3400, que investigou suposto crime de peculato que teria sido praticado por Manato enquanto exercia seu mandato de deputado federal. Ele respondeu o Inquérito pela suspeita de praticar pelo menos quatro crimes: emprego de funcionários ‘fantasmas’, ‘rachadinha’, uso de servidores da Câmara Federal em campanha eleitoral e emissão de Notas Fiscais ‘frias’.
O Inquérito foi instaurado em agosto de 2019, oito meses após Manato deixar o mandato. No entanto, a Polícia Federal pediu o arquivamento do procedimento investigatório por falta de provas. O arquivamento foi acolhido pela Justiça Federal do DF e Territórios.
Só tem um porém: este Inquérito Policial arquivado não tem nada a ver com as revelações feitas agora por Izabella. O IP teve como protagonistas outros assessores do então deputado Carlos Manato.
Também em nota enviada à A Tribuna, o ex-soldado Walter Matias, que já foi condenado em um dos processos de agressão contra Izabella, disse que “Manato nunca se utilizou desse esquema de rachadinha” e que entrará com ação de danos morais contra a ex-mulher: “Uma coisa que aprendi nessa vida que recebi dos meus pais foi algo que levarei para sempre e farei meus filhos levarem: honestidade”.