O antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares, de 68 anos, manifestou, nesta segunda-feira (10/10), seu apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Um dos especialistas em segurança pública mais respeitados do País, Luiz Eduardo citou o trabalho do governador capixaba como referência para o Brasil e se mostrou ‘horrorizado’ ao saber que o outro candidato ao governo neste segundo turno, o ex-deputado federal Carlos Manato (PL), foi membro por três anos do grupo da temida Scuderie Detetives Le Cocq, como o Blog do Elimar Côrtes informou em primeira mão, em setembro de 2018.
“A Scuderie LeCocq foi um esquadrão da morte. Berço e fonte das milícias que tomaram conta do Rio de Janeiro e que agora ameaçam retornar ao Espírito Santo, se apropriar também das instituições capixabas. O povo do Espírito Santo não pode permitir esse retrocesso”, alertou o especialista, em vídeo postado em suas redes sociais na manhã desta segunda-feira.
“É indispensável para o Brasil todo, não só para o Estado do Espírito Santo, a vitória do governador Renato Casagrande”, declarou Luiz Eduardo Soares, que foi Secretário Nacional de Segurança Pública em 2003 e é autor dos livros Elite da Tropa 1 e 2, que inspiraram os filmes Tropa de Elite.
“O trabalho que o governador Renato Casagrande vem fazendo tem sido reconhecido e respeitado em todo o País. Eu espero que Casagrande seja reeleito. Cu confesso que fiquei horrorizado quando soube que seu adversário tinha sido membro da Scuderie Le Cocq”, destacou.
Em vídeo, o especialista falou sobre a preocupação com a volta do crime organizado ao Espírito Santo através do adversário de Casagrande e lembrou o esforço para combater o crime organizado no Estado. “Tenho 68 anos e dediquei a minha vida à segurança pública. Eu acompanhei de perto a tragédia que se abateu sobre o Espírito Santo quando o crime organizado tomou de assalto as instituições e a política. Foi preciso um esforço titânico, épico, inesquecível, de políticos honrados, honestos, de instituições saudáveis e da sociedade civil organizada para salvar o povo capixaba e o povo do Espírito Santo”, contou.
Carlos Manato foi membro por três anos da Scuderie Le Cocq, um grupo de extermínio que teve participantes acusados de assassinato, envolvimento com tráfico de drogas, jogo do bicho, roubo de carros, roubos a bancos e sonegação de impostos.
A organização esteve no centro dos crimes e violações de direitos humanos no Espírito Santo e era considerada o braço armado do crime organizado capixaba, formado por membros importantes da sociedade.