O deputado estadual Sergio Majeski é um caso a ser estudado pela Nasa. Ele é vitorioso na política, mas, assim como maior parte dos seus colegas políticos, segue a trajetória da incoerência partidária e da ingratidão com aqueles que lhes estenderam e estendem as mãos – leia-se obtenção devotos.
Por mais de 20 anos, o professor Sergio Majeski foi filiado ao Partido dos Trabalhadores. Deixou o partido com a alegação de que a legenda “não estava mais conservando a ideologia”. Em 2012, teve uma breve passagem pelo Partido Popular Socialista (PPS), que depois se transformou em Cidadania. Em 2013, filiou-se ao PSDB, partido pelo qual foi eleito deputado estadual no ano seguinte. O PSDB integrou o governo de Paulo Hartung, eleito em 2014. Hartung e os demais tucanos deram todo apoio a Sergio Majeski, mas, foi só tomar posse, no início de 2015, para ele assumir a postura de “independência” – termo usado por políticos sem propostas para declarar-se opositor a quem está no poder.
Em abril de 2017, durante a janela partidária, Sergio Majeski ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB), onde foi acolhido, abraçado e apoiado por Renato Casagrande, eleito governador em 2018. Ainda em 2018, Majeski, com apoio incondicional de Casagrande, foi reeleito deputado estadual com 47.015 votos.
Majeski, entretanto, ainda estava infeliz. Iniciado o ano legislativo de 2019, ele, de novo, declarou-se “independente”. Juntou-se à oposição mais medíocre que a Assembleia Legislativa do Espírito Santo já produziu ao longo de sua história. Juntou-se a deputados com atuação inexpressiva e pífia como Capitão Assumção, Torino Marques, Delegado Danilo Bahiense e Carlos Von.
Sergio Majeski, o “bom menino” e queridinho da mídia por suas “postura independente”, passou os últimos três anos fazendo, novamente, uma oposição ferrenha. Votou, na maioria das vezes, contra propostas encaminhadas pelo Poder Executivo. E acabou abandonando o PSB. No dia 22 de março de 2022, Majeski anunciou sua volta ao PSDB, onde pretende disputar uma das 10 vagas à Câmara Federal.
Será que os “novos velhos companheiros” ainda acreditam nele? Definitivamente, o deputado Sergio Majeski se torna, assim, um estranho no ninho tucano.