Terminou nos primeiros minutos desta quinta-feira (05/05) o julgamento do acusado de matar, com tiros de pistolas, os estudantes universitários Matheus Oliveira Mauades, 24 anos, e Fábio Silveira Costa, 23, no dia 25 de março de 2017, no bairro Cocal, em Vila Velha. Gláucio Nunes da Silva, conhecido pela alcunha de Miguel, 34 anos, foi condenado a 38 anos de prisão. Ele, que se encontrava preso desde setembro de 2018, saiu do Tribunal do Júri de Vila Velha de volta para a cadeia. Matheus O estudante de Engenharia de Petróleo e seu amigo Fábio era estudante de Direito. Foram assassinados de forma fria e cruel.
O processo tramita em segredo de Justiça por conta de interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Civil na época das investigações. O alvo das interceptações foi o próprio acusado do assassinato, que, de acordo com o denúncia do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, agiu por motivo torpe. Somente o promotor de Justiça Evaldo Martinelli, os advogados assistentes de acusação – Rodrigo Santos Nascimento, Júlio César Barreiro Randow e Júlio César Barreiro Randow Filho –, os advogados de defesa e os jurados puderam ficar na sala do Tribunal do Júri. Nem os familiares das duas vítimas puderam acompanhar o julgamento, que foi presidido pela juíza Ana Amélia Bezerra.
Os amigos Matheus e Fábio Costa conversavam dentro de um veículo após chegar da academia, quando o assassino chegou e começou a atirar. Os tiros iniciais atingiram Matheus, que estava dentro do carro com o amigo em frente a sua casa. Após os disparos, Fábio, que conduzia o veículo, tentou correr para pedir ajuda, mas foi atingido sete vezes. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo no hospital.
Ficou comprovado no Inquérito Policial, conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha, que Fábio e Matheus não tinham nenhum antecedentes criminais e nenhum envolvimento com drogas. Pelo contrário, os dois amigos participavam de atividades sociais e religiosas na comunidade. As investigações também descartaram que Gláucio teria matado os rapazes por motivo passional. Num dos depoimentos, o réu confessou ter agido sob efeito de drogas.