Depois que o maior líder político das Regiões Norte e Noroeste do Espírito Santo, o prefeito Enivaldo dos Anjos (Barra de São Francisco), anunciou a saída do PSD para concretizar seu apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), agora é a vez do prefeito de Presidente Kennedy, Dorlei Fontão, seguir o mesmo caminho. Dorlei comanda um dos mais importantes municípios do extremo Sul do Espírito Santo, com cerca de 12 mil habitantes e dono de um orçamento em torno de R$ 280 milhões anuais. Dorlei também anunciou seu apoio à candidatura do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no pleito de outubro deste ano. Bolsonaro pleiteia à reeleição.
Dorlei Fontão sai do PSD, que era presidido no Estado pelo deputado federal Neucimar Fraga, mas foi tomado por escassos aliados do ex-governador Paulo Hartung (sem partido) e hoje é dirigido pelo ex-deputado estadual e ex-governador César Colgnago, que até pouco tempo era do PSDB onde perdeu espaço.
O PSD foi dominado por políticos sem nenhuma afinidade ideológica com a sigla pelo simples motivo de ter alguém para disputar o cargo de governador do Estado, que, no caso do partido, será o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon, que, por sua vez, deixou o MDB, onde também não tinha espaço, pois a direção estadual da sigla sinaliza apoiar a candidatura de Casagrande à reeleição.
O prefeito Dorlei Fontão anunciou a saída do PSD e disse que, por enquanto, não irá se filiar a nenhum outro partido: “A minha saída se dá em razão aos apoios políticos nas eleições deste ano. Já declarei meu apoio ao governador Renato Casagrande nas eleições deste ano. Também vou continuar apoiando o presidente Jair Bolsonaro – que é pré-candidato à reeleição – e, em razão destes apoios e de outros também, não era conveniente mais permanecer no PSD”, explicou Dorlei Fontão ao Blog do Elimar Côrtes.
No dia 9 deste mês, o ex-deputado estadual Enivaldo dos Anjos, atual prefeito de Barra de São Francisco, na Região Noroeste do Espírito Santo, comunicou ao presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, sua saída da sigla para poder cumprir seu compromisso de apoiar a candidatura à reeleição do governador Renato Casagrande.
Embora o mercado aponte para a pré-candidatura de Casagrande a disputar um segundo mandato consecutivo, o governador tem afirmado, no entanto, que somente entre maio e junho deste ano ele vai decidir se disputará as eleições deste ano.
