O governador Renato Casagrande condenou, neste domingo (10/11), a polarização política entre esquerda e direita que ‘trava’ o crescimento do Brasil. Segundo ele, esta polarização aumenta com a soltura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Casagrande assegurou que seu partido, o PSB, procura fugir dessa discussão e vai buscar uma saída no campo do centro-esquerda para disputar as eleições presidenciais de 2022:
“(Soltura do Lula) Aumenta a polarização por conta dos posicionamentos extremos entre esquerda e direita. O País precisa encontrar um equilíbrio como alternativa. Esta tensão não colabora com a discussão e impede a construção de avanços necessários. A polarização entres o dois extremos impede, inclusive, o surgimento de novas lideranças”, lamentou o governador.
O ex-presidente Lula ficou 580 dias preso. Ele deixou a prisão na última sexta-feira (08/11) por ordem da Justiça Federal do Paraná, após a votação do Supremo Tribunal Federal que derrubou a prisão de condenados após segunda instância. Lula estava detido para cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias imposta a ele no processo da Operação Lava Jato referente ao Tríplex do Guarujá (SP).
Solto, Lula fez aumentar a polarização com os bolsonaristas de direita, representados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que se elegeu, ano passado, no rastro da defesa em combate à corrupção e nos ataques ao PT e demais partidos de esquerda.
Sobre a decisão de Lula em conversar com lideranças políticas para formar uma coalização de esquerda forte para derrubar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o governador o Renato Casagrande disse que o ex-presidente tem que procurar os partidos:
“O PSB vai buscar uma posição de centro-esquerda para o pleito de 2022. O PSB quer fugir dessa polarização que empobrece o debate. Precisamos de equilíbrio. Precisamos sair dessa posição de política sem conteúdo”, ponderou Casagrande.
Indagado se o PSB já tem nome que represente esse equilíbrio, o governador Casagrande informou que o partido vai pensar nessa questão após as eleições municipais de 2020.