O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), afirmou na sexta-feira (11/03), em Vitória, que o Progressistas vai caminhar junto com o governador Renato Casagrande (PSB) rumo à reeleição. Lira também elogiou a gestão de Casagrande na questão fiscal, que coloca o Espírito Santo com nota ‘A’ do Tesouro Nacional. Lira esteve na Capital capixaba, ao lado de outras lideranças nacionais do PP, para participar de um ciclo de palestras cujo tema foi ‘Cenários e Perspectivas: A Economia do Espírito Santo em Debate’, e da filiação ao partido de políticos capixabas.
O evento, realizado no Centro de Convenções, no bairro Santa Lúcia, foi promovido pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes), presidido pelo deputado federal capixaba Josias da Vitória, um dos novos filiados ao PP:
“Me reuni com o governador Renato Casagrande, a quem disse que o PP estará com ele eleições de outubro. Até comentei com o Casagrande que o Progressistas vi pedir a ele a colocação de um dos nomes de nosso partido na chapa majoritária. Pela competência dos quadros, o PP estará na coligação de Casagrande e na majoritária. Solicitei ao governador a vaga de vice-governador em sua chapa ou ao Senado”, afirmou Lira. “Faço questão de enaltecer também a política fiscal adotada pelo Estado capixaba, que tem servido de modelo para o País. O ajuste fiscal aplicado aqui tem dado resultado positivo”, completou.
Presente também no evento no Centro de Convenções, o presidente Nacional do PP em exercício, deputado federal Cláudio Cajado (BA), ressaltou a parceria do partido com o governador Casagrande no Espírito Santo. “Estivemos em um almoço com o governador e o partido estará com ele para continuar engrandecendo o País. Em nome do ministro Ciro Nogueira, presidente licenciado do partido, que não pode estar aqui hoje por conta de outro compromisso em Brasília, trago o abraço da Direção Nacional ao Progressistas no Espírito Santo.”
A audiência pública, que teve palestra também do governador Renato Casagrande, debateu os cenários e perspectivas da economia do Espírito Santo a partir do estudo promovido pelo Cedes que trata da “Retomada Econômica e Geração de Emprego e Renda no Pós-Pandemia”. Arthur Lira elogiou a responsabilidade fiscal do Espírito Santo e afirmou que a Câmara dos Deputados, mesmo agindo para resolver os problemas urgentes que surgem, não esquece a agenda a longo prazo, como as reformas estruturantes.
Arthur Lira lembrou da aprovação do novo marco do licenciamento ambiental e da autonomia do Banco Central e também manifestou preocupação com o cenário de incertezas em relação à Guerra da Rússia com a Ucrânia.
“Nossa economia retornou ao período pré-crise (sanitária), quando surgem sinais de recuperação, após a recessão de 2020. Agora vem a guerra da Rússia e Ucrânia, e a reação da comunidade internacional se reflete nos preços. É mais um fator de incerteza e não pode ser subestimado e influencia a decisão dos agentes públicos e privados no mundo”, destacou.
O estudo do Cedes tem como objetivo principal definir o papel do Estado, da iniciativa privada e das organizações da sociedade civil nas estratégias e políticas de recuperação da economia e de geração de emprego e renda no pós-pandemia. Também tem como objetivo se alcançar uma melhor interlocução e da definição dos espaços de atuação dos Poderes e de todas as esferas do Executivo, sendo necessária a atualização da legislação.
O deputado Da Vitória é o relator do estudo no grupo. Segundo ele, é importante o País retomar os investimentos públicos, mas também poder contar com os investimentos do setor privado. “A nossa recuperação econômica não poderá ser apenas por participação do Estado, essa retomada vai ser por participação do setor privado nacional e de investimentos externos. Para que isso ocorra é importante que o Congresso avance nas reformas estruturais como a administrativa e tributária”, defendeu.
Ao desembarcar do carro, no Centro de Convenções, o presidente da Câmara dos Deputados se deparou com um grupo de enfermeiros. Arthur Lira afirmou aos profissionais que vai discutir com os líderes partidários a proposta que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras (PL 2564/20). Conforme a proposta, o valor mínimo inicial para os enfermeiros será de R$ 4.750, a ser pago pelos serviços de saúde públicos e privados.
Ele disse aos manifestantes que quer levar aos líderes partidários os resultados do grupo de trabalho que analisou os impactos da medida para os hospitais públicos, filantrópicos, para os estados e municípios.
“Quero manifestar meu respeito aos enfermeiros do Brasil. No meu Estado (Alagoas), meu trabalho é para o desenvolvimento da saúde, dos hospitais filantrópicos e públicos. Quero discutir com o Colégio de Líderes de onde sairão os R$ 16 bilhões para arcar com o aumento do piso salarial sem qualquer tipo de comprometimento para hospitais filantrópicos e públicos para garantir um salário justo para essa categoria que contribuiu muito para o País. Por isso, recebo de maneira franca os pedidos, protestos e reclamações”, disse o presidente no evento.