A Polícia Civil do Distrito Federal já está investigando a ex-presidente Nacional do PTB, Graciela Nienov, pela acusação de crime de falsificação de assinatura do secretário Jurídico do partido, Luiz Gustavo Pereira da Cunha, com objetivo de, supostamente, se apropriar indevidamente de recursos do Fundo Partidário. A tentativa de receber o dinheiro, no entanto, foi impedida pelo Banco do Brasil ao reconhecer a grosseria da falsificação. Além disso, Graciela teria forjado a ata da sua eleição de 30 de novembro do ano passado, também com assinatura falsa, para ser averbada no Conselho Nacional de Justiça, no dia 4 de março de 2022, a fim de justificar perante a imprensa a sua legitimidade.
A primeira tentativa de Graciela foi apresentar o documento falso no 2° Cartório de Ofício de Brasília, que não tem competência consoante o provimento e a referida ata apresentada com assinatura adulterada estava também desatualizada. Depois, Graciela foi ao Cartório JK e solicitou o seu Registro como Ata Notorial, para que tivesse fé pública mesmo não exercendo mais os poderes de presidente do PTB. Com isso, ela utilizou a referida ata falsificada, compareceu a outro Cartório da 504, Asa Norte de Brasília, em busca de Fé Pública e com isso revogou duas procurações outorgadas pelo PTB para movimentações bancarias do Fundo Partidário, junto ao Banco do Brasil, e sem sucesso, tentou cadastrar novas procurações. Frustrada nas tentativas, Graciela Nienov utilizou-se da referida ata falsificada para ser averbada no Conselho Nacional de Justiça, a qual foi publicada no Diário Oficial da União, no último dia 3, a fim de tentar justificar principalmente para a imprensa a sua legitimidade, mesmo valendo de crime de falsidade ideológica.
O ministro Edson Fachin, do Superior Tribunal Eleitoral, já determinou a posse das senhas do partido para o atual presidente Nacional do PTB, Marcus Vinicius, que estavam indevidamente com a ex-presidente Graciela. Pré-candidato a deputado federal pelo PTB do Espírito Santo, Tenente Assis disse na manhã desta sexta-feira (11/03) que considera “grave o crime eleitoral, principalmente neste período de pré-campanha, quando estão sendo montadas as chapas majoritárias e proporcionais.”
O Boletim Eletrônico junto à Polícia Civil do Distrito Federal foi registrado pelo secretário Jurídico Nacional do PTB, Luiz Gustavo da Cunha, na tarde de quinta-feira (109/03). O caso está sob a responsabilidade do delegado José Fernando Grana, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, em Brasília. A ocorrência tem o número 36.059/2022-1.
O presidente Regional do PTB/ES, Bruno Lourenço, acompanhou toda peregrinação jurídica em Brasília, com o presidente Nacional do PTB, e irá recorrer à Justiça Eleitoral “para punir severamente os responsáveis pelo desgaste criminoso do partido que responderá pela falsidade ideológica, estelionato, crime contra o sistema financeiro nacional ao tentar usar indevidamente o Fundo Partidário e formação de quadrilha, cuja investigação neste caso é da Polícia Federal.”
Bruno Lourenço disse mais: “A ex- presidente (Graciela Nienov), que com certeza não estava sozinha, passou pelos diversos cartórios de Brasília com a sórdida intenção de apoderar do recurso do partido e a falsificação dos documentos para montar uma nova Executiva e deixa claro que o Fundo Partidário era o alvo. Aproveito para tranquilizar nossos correligionários que foram surpreendidos pelo crime eleitoral. Já estamos recuperando a senha que a ex-presidente não pode mais usar e acionamos a Polícia Civil, Polícia federal e o STF para responsabilizar a Graciela e sua turma por diversos crimes, inclusive danos morais”.