O governador Renato Casagrande (PSB) agradeceu o apoio recebido pelos capixabas que, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Orizzonte Pesquisas, ele venceria as eleições de outubro deste ano ainda no primeiro turno caso decida se candidatar. Para Casagrande, independente do processo eleitoral, o resultado da pesquisa é importante porque mostra que o Governo é muito bem avaliado:
“Eu vi a pesquisa e quero agradecer, mas ainda não me coloquei como candidato. Devo decidir somente entre maio e junho. De todo modo, o resultado é muito bom, pois mostra que o nosso Governo está muito bem avaliado pela população”, disse o governador, depois de participar do lançamento da retomada do Programa Mulheres Empreendedoras, do Bandes, na tarde de terça-feira (08/03).
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Orizzonte, Renato Casagrande seria reeleito no primeiro turno. Levando em conta somente os votos válidos, Casagrande vence com 56,88% das intenções de votos. É seguido de longe pelo senador Fabiano Contarato (PT) com 15,4%; o ex-deputado federal Carlos Manato (PL) com 11%; o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede), 8,24%; e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), 3,44%
Renato Casagrande entendeu também como positiva o fato de o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin estar praticamente acertado para migrar para o PSB. Na segunda-feira (07/03), Alckmin, que era do PSDB, se reuniu com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para fechar a sua filiação ao partido. A reunião foi promovida em um hotel na capital paulista e, segundo o dirigente nacional do partido, a reunião selou a filiação de Alckmin ao PSB. A ideia é de que Alckmin seja candidato a vice-presidente na chapa liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
“Acho muito boa a entrada do Geraldo Alckmin no PSB. Desejo muito que isso se concretize. Eu gosto muito do ex-governador paulista”, frisou Casagrande. O governador capixaba, no entanto, não acredita que haverá a federação entre PSB e PT: “A federação não é um processo simples. Mais fácil seria fazermos coligação”, explicou Renato Casagrande.
Vale registrar que as coligações partidárias têm natureza eleitoral, são efêmeras e se extinguem após as eleições. Os partidos ainda podem se coligar para lançar candidatos nas eleições majoritárias: para prefeito, governador, senador e presidente da República.
Nas eleições proporcionais (vereador, deputado estadual, deputado distrital e deputado federal), não há possibilidade de coligação. Os partidos que quiserem se unir antes da eleição devem formar federações.
Já as federações têm natureza permanente — são formadas por partidos que têm afinidade programática e duram pelo menos os quatro anos do mandato. Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário pelo período remanescente.
Federações devem ter abrangência nacional, o que também as diferenciam do regime de coligações, que têm alcance estadual e podem variar de um estado para outro. Nas próximas eleições, em outubro de 2022, as federações vão valer para as eleições de deputado estadual, distrital (do DF) e deputado federal.