Uma das maiores lideranças políticas nacionais do PDT e do Espírito Santo, o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, defendeu nesta terça-feira (18/01) a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Outras importantes lideranças já haviam também se manifestado publicamente nesse mesmo sentido, caso Casagrande decida se candidatar a um novo mandato nas eleições de outubro deste ano. O município da Serra também conquistou um fato histórico: passou Vitória e se tornou a maior economia do Espírito Santo.
“Falo na condição de prefeito do município mais populoso do Estado e cuja economia foi a que mais cresceu nos últimos anos. Para o município da Serra e sua população é importante que este Governo tenha continuidade. Os investimentos que a Serra recebeu do Governo do Estado e vai receber precisam ter sequência. A reeleição do governador Renato Casagrande, caso ele decida ir para a disputa, será importante para manter o crescimento social e econômico da Serra. Será importante para a nossa população”, disse Vidigal, em entrevista ao site Blog do Elimar Côrtes. De acordo com o IBGE, a Serra possui 536.767 mil de habitantes.
Sérgio Vidigal enumerou algumas importantes obras de mobilidade urbana tocadas pelo governo Casagrande no município da Serra. Falou do Contorno de Jacaraípe; das melhorias da Avenida Abdo Saad, no mesmo balneário; citou a Rodovia das Paneleiras – antiga Reta do Aeroporto – e o Trevo de Carapina, cujas obras de ampliação das pistas vão beneficiar as pessoas que se deslocam da Serra para Vitória e vice-versa. Há, ainda, segundo ele, ações importantes do Governo do Estado em ajudar a Serra na educação, saúde e infraestrutura, além da segurança pública:
“Defendo, sim, a continuidade do governo Casagrande, pois a reeleição dele será muito importante para os 78 municípios do Espírito Santo. É natural que o PDT acompanhe a reeleição do governador”, afirmou o prefeito da Serra.
Sérgio Vidigal revelou que vem conversando com o prefeito de Linhares, Guerino Zanon, a quem convidou para se filiar ao PDT. Guerino já se manifestou que tem interesse de deixar o MDB: “Como dirigente do PDT, penso que a filiação do prefeito Guerino ao nosso partido seria uma grande aquisição. Se ele, de fato, decidir sair do MDB, o PDT o recebe de braços abertos”.
Sobre o fato de o nome de Guerino Zanon estar sendo colocado para ser candidato a vice-governador numa chapa encabeçada por Renato Casagrande, Sérgio Vidigal preferiu não tecer maiores comentários. Ponderou que a responsabilidade por definir o (a) companheiro (a) de chapa de vice cabe ao titular. “Cada candidato a governador ou Presidente da República ou a prefeito tem seus critérios para escolher o vice”, ensina Vidigal.
Tornou-se lugar comum lideranças políticas, empresariais e comunitárias saírem em defesa da reeleição do governador Renato Casagrande. As manifestações ocorrem em solenidades e nas redes sociais. No dia 5 de janeiro, por exemplo, um dos políticos mais experiente do Estado, o prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSD), defendeu a continuidade de Casagrande à frente do Executivo Estadual. Enivaldo conclamou os demais 77 prefeitos capixabas e os deputados a iniciarem logo a discussão em torno do futuro do Estado, uma vez que as eleições estão marcadas para outubro deste ano. Ele alertou ainda que o Estado não pode “cair numa aventura” e destacou que “precisamos manter a liderança equilibrada” de Casagrande, que colocou o Espírito Santo como um dos entes federativos mais desenvolvidos do País.
A liderança de Renato Casagrande é reconhecida também pela grande mídia nacional. Na segunda-feira (17/01), O Globo informou, em sua edição impressa e na internet, que, dos 10 Estados em que candidatos a governador podem receber o apoio de dois ou mais presidenciáveis, Renato Casagrande é o que mais conta com adesão. Revelou que Casagrande é o único governador que teria três candidatos a Presidente da República, no pleito de outubro deste ano, em seu palanque: Lula, Ciro Gomes e Sergio Moro (Podemos).
O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, confirmou também que, caso o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Economia, Ciro Gomes, seja candidato a Presidente, será o nome apoiado pelo PDT. No entanto, Sérgio Vidigal disse que a “falta de comunicação” entre todos os pré-candidatos à Presidência vai dificultar uma possível vitória de um nome ligado à terceira via. Para o prefeito, o cenário político do momento, de acordo com as pesquisas, favorece o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL)
“Existem várias candidaturas colocadas. O cenário atual mostra uma polarização entre Lula e Bolsonaro, que dificilmente vai se alterar. Do jeito que está, Lula tanto pode ganhar no primeiro turno, quanto Bolsonaro poderá ser reeleito facilmente caso a disputa vá para o segundo turno. O Ciro Gomes será o candidato do PDT, caso ele decida, mesmo, ir para a disputa. Mas a falta de comunicação entre os presidenciáveis vai dificultar a vitória de uma terceira via”, lamenta Vidigal.
De acordo com dados divulgados no dia 17 de dezembro de 2021 pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios do Espírito Santo em 2019, a Serra assumiu a posição de maior economia municipal do Espírito Santo, ocupando o lugar de Vitória. Em 2019, a participação da Serra, que hoje tem como prefeito Sérgio Vidigal, no PIB estadual foi de 18,8% e, o de Vitória, 15,7%.
A Capital capixaba teve uma queda significativa, pois, em 2018, sua participação no PIB era de 18,6% contra 18,5% da Serra. Em 2019, segundo o IJSN, Vila Velha aparece em terceiro lugar na participação do PIB (9,4%). Depois vêm Cariacica (7,4%), Linhares (4,6%), Aracruz (3,9%), Presidente Kennedy (3,9%), Marataízes (3,8%), Cachoeiro (3,6%) e Itapemirim (3,5%).
Segundo o estudo, esse resultado se deve aos movimentos de perda de valor adicionado na indústria extrativa de Vitória e da expansão do município da Serra no setor de serviços. Apenas os municípios de Vila Velha, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim mantiveram suas posições nesse período. Os municípios de Linhares, Aracruz e Marataízes ganharam posição, em maior parte, devido aos movimentos do setor da indústria. Já Presidente Kennedy, Itapemirim e Colatina perderam posição.