Dos 10 Estados em que candidatos a governador podem receber o apoio de dois ou mais presidenciáveis, Renato Casagrande (PSB) é o que mais conta com adesão. É o que mostra reportagem publicada nesta segunda-feira (17/01) pelo jornal O Globo, em sua edição impressa e no site. De acordo com O Globo, Casagrande é o único governador que teria três candidatos a presidente da República, no pleito de outubro deste ano, em seu palanque. São eles: Luís Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos).
O resultado é mais uma demonstração da força política do governador Casagrande, que, ao assumir o comando do Executivo Estadual em janeiro de 2019 pela segunda vez – ele foi governador também entre 2011 e 2014 –, voltou a colocar o Espírito Santo no cenário nacional como um dos Estados mais promissores do País, com crescimento econômico e social e uma forte gestão no combate à violência e ao crime organizado.
Por conta da boa gestão de seu Governo, Renato Casagrande tem sido cortejado não só por Lula, Moro e Ciro Gomes, mas também por outros pré-candidatos a presidente da República, como João Doria (PSDB), Simone Tebet (PMDB), Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe d’Ávila (Novo).
Com o título ‘Palanques múltiplos são esperados em 10 Estados’, O Globo informa que candidatos a governador costuram apoio a dois presidenciáveis, que também devem se aliar a mais de um nome em diferentes locais do País. De acordo com o jornal, a indefinição para a composição das chapas e alianças, a menos de um ano da disputa, e os resultados recentes das pesquisas de intenção de voto abrem brechas para a formação de palanques múltiplos.
“Os Estados em que há a maior possibilidade de palanques duplos são aqueles em que há candidatos do PT, PSB e PDT. Petistas e socialistas ainda discutem a formação de uma chapa presidencial, com o PSB ocupando a vaga de vice do ex-presidente Lula. As tratativas, no entanto, estão travadas por falta de acordo sobre as candidaturas estaduais”, diz O Globo.
Pelo levantamento de O Globo, os pré-candidatos a governador de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB), vão dividir palanque com Lula e Ciro Gomes, ao mesmo tempo. No Rio, Rodrigo Neves (PDT) também repete a dose paulista, assim como no Maranhão, por meio do candidato Weverton Rocha (PDFT). Os governadores de Minas e Paraná, respectivamente, Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD), vão dar palanque a Jair Bolsonaro (PL) e Sergio Moro.
Recentemente, em entrevista ao O Globo, Renato Casagrande, que é também o secretário-geral do PSB, afirmou ser contra o partido integrar uma federação com outras legendas de esquerda, como PT e PCdoB. Casagrande disse mais: se algum candidato a Presidente da República, que não seja o atual mandatário, Jair Bolsonaro, for ao segundo turno disputar contra o ex-presidente Lula, “poderá surpreender”.
Em entrevista exclusiva ao Blog do Elimar Côrtes, no dia 4 de dezembro última, em que fez um balanço das atividades de seu Governo em 2021, o governador Renato Casagrande revelou que o PSB não vai lançar candidato a presidente da República e que o partido, naquela ocasião, “trabalha com duas alternativas, que são as candidaturas de Lula e de Ciro Gomes. O partido vai tomar uma decisão final do no mês de abril, no Congresso Nacional do PSB. Então vamos esperar um pouco para saber qual vai ser a decisão definitiva do nosso partido”.
No entanto, fortes aliados de Casagrande no Estado já aderiram a candidatura do ex-juiz federal e ex-ministro das Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, que é o Sergio Moro. Entre esses aliados estão o senador Marcos do Val e o agora secretário de Estado da Economia e Planejamento, Gilson Daniel, ambos também do Podemos. Gilson Daniel foi prefeito de Viana por dois mandatos e presidiu a Associação dos Municípios do Estado (Amunes), tendo sido também secretário de Governo de Renato Casagrande.
Sobre a decisão de disputar a reeleição ou qualquer outro cargo no pleito de outubro, Casagrande disse: “Vamos começar um processo de análise agora a partir de janeiro em conversas com lideranças. Tomarei uma decisão se vou disputar a eleição, e em que cargo vou disputar, somente entre o mês de maio e junho. Até porque o que as pessoas querem, e precisam, é de um governador e não de um candidato a governador. Estamos a muito tempo das eleições – marcadas para outubro – ainda, e eu não posso tomar meu tempo para um debate eleitoral. Então, eu começarei a fazer algumas consultas a partir de janeiro. Vou consultar lideranças políticas e de fora da política. Consultarei alguns partidos e vou tomar a decisão entre maio e junho, porque ainda temos muitas tarefas que estão sendo desenvolvidas e eu preciso dedicar meu tempo para governar o Espírito Santo.