Ao participar, na manhã de segunda-feira (30/08), do lançamento do Programa de Fortalecimento da Aprendizagem, que vai receber investimentos acima de R$ 50 milhões do Governo do Estado, o governador Renato Casagrande (PSB) fez importantes revelações: declarou que é uma pessoa feliz por governar o Espírito Santo, disse estar feliz com sua equipe de trabalho, ao mesmo tempo em que agradeceu o apoio recebido pela Assembleia Legislativa, que tem aprovado propostas legislativas de interesse da sociedade. Também elogiou a “energia positiva” dos profissionais da área da educação.
“Estou muito feliz em ser governador. Quando governei o Estado pela primeira vez, entre 2011 e 2014, fizemos muitas realizações. E estamos também entregando ações neste segundo mandato. Estou muito feliz com a minha equipe, com a vice-governadora Jacqueline Moraes. Muito feliz com o secretário Vitor De Ângelo (Educação) e todos os seus subsecretários. Estou muito feliz com os diretores das escolas, com todo o corpo docente, com os superintendentes regionais da Sedu. Todos vocês fazem parte da nossa equipe de trabalho. Muito obrigado”, enalteceu Casagrande.
O governador mostrou aos presentes como a educação mudou a vida dele. Ainda jovem, com 16 anos de idade, deixou a sua terra natal, a cidade de Castelo, e foi estudar, com um grupo de amigos, numa faculdade em Viçosa (Minas Gerais), onde se formou em Engenharia Florestal. Disse que, na época, não tinha nenhuma pretensão em disputar cargos na política:
“Meu sonho, depois de formado, era trabalhar no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Eu sonhava em fazer pesquisas. A educação me deu oportunidades, como a de trabalhar junto com as comunidades e demais movimentos estudantis e sociais. A educação foi abrindo as portas para mim. Depois me formei em Direito. Eu era tímido, mas sempre disposto a trabalhar. Os amigos acabaram me estimulando a entrar na política. E, assim, fui deputado estadual, deputado federal, vice-governador do Estado, senador e agora governador por duas vezes. Na política, devemos ser chamados. Porém, devemos trabalhar com as comunidades independente de candidatura”, ensina Casagrande.,
O governador destacou ainda que encontra sempre uma “energia e um ânimo excelentes” na educação, apesar dos problemas causados no setor pela pandemia da Covid/19: “Depois de um ano e meio, com as crianças e jovens praticamente afastados das escolas, vejo um compromisso muito grande de vocês em recuperar o tempo perdido em 2020 e em parte deste ano. Tenho que agradecer por essa energia positiva. Agradeço também o apoio dos deputados, da Assembleia Legislativa. Fico muito feliz com os resultados que estamos apresentando à sociedade. Quando visito alguma escola, sinto a energia positiva de todos vocês”.
Dirigindo-se à representante do Ministério Público Estadual na cerimônia, a promotora de Justiça Maria Cristina Pimentel, o governador Renato Casagrande demonstrou também sua gratidão ao Parquet pela “parceria extraordinária”. Ele agradeceu à procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, por essa “parceria institucional extraordinária” em prol do povo capixaba.
O governador fez um apelo para que a energia positiva dos educadores seja uma constante: “Por causa da Covid/19, corremos risco de perder jovens. Muitos deles deixaram de estudar para ajudar as famílias. Vivemos num País muito desigual devido à concentração de rendas nas mãos de poucos. Quando os jovens abandonam a escola, a esperança deles de construírem uma vida com mais qualidade diminui. Temos uma tarefa histórica, que é a de recuperar esses jovens que as escolas perderam”.
O governador defendeu um esforço conjunto para a recuperação do tempo. Frisou que, por isso, colocou os professores e demais profissionais da educação na lista de prioridade para a vacinação contra a Covid/19. Sem citar nomes, Casagrande lamentou o fato de, no Brasil, haja a defesa pelo uso de armas:
“No nosso Estado, os jovens querem caneta, lápis, caderno, livros. Não queremos armas para essa geração. É um sentimento muito ruim quando as pessoas pensam que a arma na cintura vai proteger a vida delas. Temos, sim, que dar condições para as polícias executarem seu trabalho, como a aquisição de armamento moderno e outras ferramentas. Mas a população precisa é de uma educação de qualidade; e não de armas. Precisa de moradia, de comida, de trabalho”.
Casagrande encerrou reafirmando a necessidade de se levar esperança ao povo: “Tenho muita felicidade em meu coração. Este dia de hoje é de muita emoção. Que Deus continue abençoando cada passo e ação nossa para que possamos levar esperança aos capixabas”.