O assessor especial do Ministério da Saúde, o empresário e ex-deputado federal Airton Antônio Soligo, mais conhecido como Airton Cascavel, gravou um vídeo e enviou ao Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil garantindo que no início de abril começará uma nova fase da campanha de vacinação contra a Covid-19 em que os operadores de segurança pública, professores e demais profissionais da área da Educação de todo o País serão vacinados contra o novo coronavírus. No Espírito Santo, a vacinação a esses profissionais começará no dia 15 de abril, conforme anunciou o Governo do Estado.
Policiais de todo o Brasil têm feito, por meio de suas entidades de classe, forte pressão sobre os governadores em busca da vacina. No entanto, o calendário da campanha é definido previamente pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde.
A pressão aumentou esta semana, depois que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o Estado vai começar a vacinar professores e policiais da ativa contra a Covid-19, a partir do dia 5 de abril. Entidades de classe dos policiais civis e militares e do Corpo de Bombeiros passaram então a pressionar os governadores.
No entanto, a vacinação em São Paulo começará no mesmo período em que o Ministério da Saúde está disponibilizando também para os Estados imunizantes para vacinar esses mesmos grupos de profissionais – ou seja, policiais e professores.
Na terça-feira (23/03), um dia antes do encontro do presidente Jair Bolsonaro com os demais chefes de Poderes, o então ministro Eduardo Pazuello já havia anunciado a Pasta iria entregar cerca de 500 milhões de doses de vacina compradas e que, a partir de abril, o Brasil iria iniciar a vacinação de pessoas com comorbidades, além de categorias específicas, como professores, policiais, bombeiros e funcionários públicos que atuem no serviço funerário.
O Ministério da Saúde informou que o início da vacinação de novos grupos será possível porque, em abril, o governo alcançará 90% de imunização daqueles que estão sendo vacinados atualmente, como idosos e profissionais da saúde.
O governador João Doria aproveitou, mais uma vez a ocasião, para tentar tirar proveito da situação, “antecipando” uma decisão que já havia sido tomada pelo Governo federal. Ele já sabia do calendário do Governo Federal.
De acordo com Airton Cascavel, que era o principal assessor do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello – que na quarta-feira (24/03) foi substituído pelo médico Marcelo Queiroga –, o Brasil já aplicou 32 milhões de doses de vacina, sendo, segundo ele, o quinto País do mundo que mais fez aplicações.
“A aceleração da produção da Fiocruz e do Instituto Butantan e a chegada de mais vacinas contratadas pelo Governo Federal possibilitarão que diariamente sejam aplicadas pelo menos 1 milhão de doses. Até o final de abril, chegaremos a ter 80 milhões de doses, significando que cerca de 50 milhões de brasileiros já estejam vacinados”, disse Airton Cascavel.
“Assim, em abril, operadores da segurança pública, professores e demais profissionais da Educação já começam a ser vacinados”, completou o assessor especial do Ministério da Saúde.
Desta forma, começarão a ser vacinados, dentre os operadores da segurança pública, policiais civis, militares, federais, rodoviários federais, ferroviários federais; militares do Corpo de Bombeiros; policiais penais; policiais legislativos; policiais judiciários; guardas municipais, agentes de trânsito.
De acordo com Airton Cascavel, o presidente Jair Bolsonaro liberou, em 2020, R$ 24 bilhões para a compra de vacinas, para a aquisição de 562 milhões de doses:
“Até o final deste ano, 100% dos brasileiros já estarão vacinados”, garantiu ele.
Ministério da Saúde diz em nota que Educação e trabalhadores de forças de segurança sempre estiveram entre os grupos prioritários
Em nota enviada ao Blog do Elimar Côrtes no início da tarde desta quinta-feira (25/02), o Ministério da Saúde informa que está trabalhando, sem medir esforços, para que todos os grupos prioritários sejam imunizados contra a Covid-19 o mais rápido possível.
Segundo a nota, os trabalhadores da educação do ensino básico e superior e trabalhadores de forças de segurança sempre estiveram entre os grupos prioritários estipulados pelo Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
A Pasta distribuiu, nesta semana, mais 5 milhões de doses da vacina Covid-19 produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. O novo lote é destinado para vacinar idosos entre 70 e 74 anos, trabalhadores da saúde, comunidades ribeirinhas e quilombolas. Para os próximos dias, novas remessas estão previstas.
A nota do Ministério da Saúde informa ainda que a distribuição é feita de forma proporcional e igualitária a todas os estados e Distrito Federal. Conforme o Governo Federal recebe mais doses das vacinas enviadas pelos laboratórios fabricantes, novos grupos são contemplados. Para 2021, o MS contratou 562 milhões de doses.
Os detalhes sobre os grupos prioritários estão Nota Técnica nº 155/2021.
“A orientação do MS (Ministério da Saúde) é para que os gestores de saúde sigam essa ordem estipulada pelo Plano de Vacinação, de acordo com as orientações do PNI. Com a lógica tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas. Conforme a Campanha de Vacinação local avança, estados e munícipios podem ampliar a imunização dos grupos prioritários, desde que sigam a ordem prevista no Plano. Por isso, o Ministério da Saúde não divulga cronograma com previsão de datas para vacinação”.