A economia de guerra com os recursos públicos que o prefeito Dorlei Fontão (PSD) adotou tão logo assumiu o comando da Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy proporcionou uma economia de 70% mensalmente dos gastos com a coleta de lixo e limpeza urbana nos últimos 11 meses. Ao assumir o comando da Prefeitura, em maio de 2019, Dorlei decretou tolerância zero com a corrupção e aplicou uma política de contenção de gastos, aderindo, assim, à prática do ajuste fiscal.
No combate à corrupção, ele tomou uma medida, que resultou também na economia de recursos: rescindiu o contrato com a empresa Limpeza Urbana Ltda, cujos proprietários estão sendo processados pela acusação de prática de corrupção com a ex-prefeita Amanda Quinta e pelo marido dela, o então secretário Municipal de Desenvolvimento, José Augusto Rodrigues Paiva. Os donos da Limpeza Urbana são Marcelo Marcondes Soares e Cristiano Graça Souto.
Os dados dos gastos com limpeza constam no Portal da Transparência do site da Prefeitura de Presidente Kennedy, município localizado no litoral Sul do Espírito Santo. Em outubro de 2019, Dorlei contratou uma empresa aderindo à ata da licitação de Marechal Floriano. A economia é calculada em comparação com os gastos que vinham sendo feitos anteriormente.
Entre outubro de 2019 a setembro de 2020, o Município pagou a empresa Fortaleza Ambiental Ltda, contratada pela gestão de Dorlei, R$ 3.355.464,03, o que dá uma média de R$ 305.042,18 por mês.
Dorlei era vice-prefeito de Presidente Kennedy. Ele assumiu a chefia do Executivo com o afastamento da prefeita Amanda Quinta, por determinação da Justiça, em maio de 2019.
Antes de ser afastada do poder, Amanda Quinta pagou a outra empresa responsável pelos servidos – a Limpeza Urbana – o montante de R$ 4.922.902,88, num período de apenas cinco meses. Deu uma com média mensal de R$ 984.580,00.
Desta forma, a gestão de Dorlei economizou quase R$ 680 mil por mês com esse serviço, desde que foi realizada a contratação da empresa Fortaleza, por meio da adesão da ata de Marechal Floriano, um instrumento jurídico e administrativo totalmente legal conforme prega a Legislação brasileira.
Presidente Kennedy possui 11.600 habitantes e é a quarta maior receita per capta de royalties de petróleo do País, sendo a maior renda per capta do Espírito Santo. A Prefeitura gasta menos de 25% de suas receitas correntes com a folha de pessoal e tem mais de R$ 1 bilhão em caixa para investimentos, numa demonstração de que o Executivo pratica a política de ajuste fiscal.
Os gastos do Município com os serviços de coleta de lixo e limpeza urbana passaram a subir muito em 2018, ano em que Amanda Quinta se reelegeu prefeita e gastou R$ 9.063.917,20 em pagamentos à Limpeza Urbana Ltda, um aumento de 38,2% em relação a 2017, quando foram pagos R$ 6.558.690,20 à contratada.
Dorlei Fontão comanda a Prefeitura desde maio de 2019. Naquela ocasião, Amanda Quinta foi presa em flagrante pela Operação Rubi, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo, recebendo R$ 33 mil de propina de um empresário da Limpeza Urbana Serviços Ltda. Amanda foi afastada e o contrato com a empresa rescindindo.
Diante da prorrogação do afastamento da prefeita, determinado pela Justiça, o prefeito Dorlei Fontão regularizou os serviços aderindo à ata da licitação de Marechal Floriano, com seus registros de preços. Os mesmos procedimentos foram dotados pelas prefeituras de Castelo e Alegre, também no Sul do Estado. Amanda Quinta está afastada pela Justiça até janeiro de 2021, quando termina seu mandato, mas continua recebendo os salários de prefeita normalmente.
Desde outubro de 2014, quando a Limpeza Urbana Ltda foi contratada pela administração de Amanda Quinta, a empresa recebeu R$ 34.033.178,88 da Prefeitura de Presidente Kennedy em 68 meses de contrato.