As mudanças em parte da cúpula da Segurança Pública capixaba, promovidas pelo governador Renato Casagrande nesta semana, parecem estar surtindo efeito. Pelo menos na frieza dos números da violência.
Nos seis primeiros dias deste mês de abril de 2020 o Espírito Santo registrou 36 homicídios. Na terça-feira (07/04), quando as mudanças no Comando-Geral da Polícia Militar e na Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) foram efetivadas, ocorreu somente um assassinato.
Um dos motivos pelas mudanças na Sesp e na PM está o crescimento da violência neste ano. Na Sesp, saiu o delegado federal Roberto Sá e entrou o coronel Alexandre Ofranti Ramalho no comando da Pasta. Na Polícia Militar, saiu o coronel Márcio Eugênio Sartório e entrou o coronel Douglas Caus. O Diário Oficial do Estado traz em sua edição desta quarta-feira (08/04) mais mudanças na PM.
Em janeiro, o Estado registrou 94 homicídios. No mês seguinte, 110. Já em março foram 141 assassinatos. No dia 1º de abril, ocorreram dois assassinatos. No dia 2, cinco mortes; dia 3, seis homicídios; dia 5, 13; e no dia 6, outros três assassinatos. E na terça-feira, o único assassinato foi registrado na localidade de Santa Mônica, em Baixo Guandu, na divisa com Minas Gerais.
Este crime teve como vítima um homem, atingido por disparos de arma de fogo, sendo socorrido ao Hospital João dos Santos Neves, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Esta queda no número de assassinatos, evidente, nada tem a ver com os antigos gestores, mas fica a indagação: Pode ter sido fruto da mudança de postura de comandantes de Batalhões e Companhias diante o novo cenário criado pelo Governo do Estado?
O novo comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus, iniciou uma série de mudanças no Alto Comando e em unidades operacionais. Ele, que até então era o diretor de Saúde, nomeou para seu lugar o tenente-coronel Oscar Paterlini Mendes, que vai exercer função de coronel.
Para a Diretoria de Inteligência, Caus nomeou o coronel Arilson Marcelo Martinelli. Já o novo chefe do Comano de Policiamento Ostensivo Metropolitano (CPOM) passa a ser o coronel Alessandro Juffo Rodrigues.