Conhecido como um dos mais ferrenhos defensores do PT na mídia, o jornalista e comentarista Político da Rádio CBN Kennedy Alencar divulgou, na noite de quarta-feira (20/11), nos microfones da emissora – que pertence ao Sistema Globo –, informação que liga o vereador Carlos Bolsonaro ao assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol/Rio):
“A Polícia Civil do Rio trabalha com hipótese nova, de envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro neste caso, que está há 616 dias sem solução. Segundo essa linha de investigação, o vereador teria uma relação próxima com o Ronnie Lessa, acusado de ter disparado contra Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Carlos e Marielle tiveram uma discussão forte na Câmara Municipal. Havia um clima de hostilidade entre os dois. A polícia trata com cautela essa hipótese, mas ela faz parte da apuração do caso. O leque está em aberto”, disse Kennedy Alencar no programa Jornal da CB 2ª Edição, apresentador pelo âncora Roberto Donato.
Durante as fases da Operação Lava Jato, Kennedy Alencar sempre apresentou comentários em favor do ex-presidente Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do Tríplex do Guarujá. Kennedy e o comentarista Reinaldo Azevedo, da Veja e da Band News, sempre foram dois dos alguns jornalistas críticos da Lava Jato.
Por outro lado, o porteiro que citou o presidente Jair Bolsonaro em depoimento no bojo das investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes voltou atrás em depoimento à Polícia Federal. Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro em outubro deste ano, o porteiro atribuiu a “seu Jair” a autorização para entrada do ex-PM Élcio Queiroz — acusado de ser o motorista do atentado que culminou na morte da vereadora — ao condomínio Vivendas da Barra, no Rio, onde o Presidente da República e seu filho Carlos possuem casas.
Registros da Câmara dos Deputados mostram que o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília no momento da ligação, em 13 de março de 2018, data do atentado. O registro de visitantes do condomínio aponta que Élcio teria ido para casa 58. Justamente à de propriedade do presidente.
Neste novo depoimento, que durou cerca de 3 horas, agora à Polícia Federal, o porteiro não confirmou que Bolsonaro liberou a entrada de Élcio no condomínio.
Também teria informado que errou a numeração da casa para qual iria Élcio, e se sentiu pressionado por ele mesmo pelo erro cometido na planilha.