A diretoria do Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol) elogia e enaltece o trabalho das equipes que, em menos de 12 horas, prenderam dois bandidos que incendiaram oito veículos que estavam em frente à Delegacia de Montanha, localizada na Rua São Salvador, Centro da Sede do município. Os carros, frutos de apreensão em investigações da Polícia, foram destruídos. Um policial conseguiu salvar duas viaturas.
Dando sequência às investigações, as equipes também elucidaram o crime, chegando aos mandantes do atentado gravíssimo. Para o Sindipol, quando organizações criminosas atacam uma instituição policial, como foi o incêndio criminoso, estão atacando também o Estado Democrático de Direito.
“Nossos bravos policiais civis, com o apoio da Polícia Militar, deram uma resposta rápida a esse ataque criminoso. Os policiais prenderam os suspeitos e identificaram os mandantes”, destacou o presidente do Sindipol, Aloísio Fajardo.
Segundo ele, “mesmo com as dificuldades que enfrentam no dia a dia, como a falta de estrutura e sem valorização salarial”, os policiais civis e militares se uniram e elucidaram o incêndio. De acordo com Aloísio Fajardo, policiais civis de Pinheiros, município vizinho a Montanha, se deslocaram de sua cidade para ajudar os “companheiros”.
Os oito veículos incendiados haviam sido apreendidos em operações policiais na região estavam na frente da Delegacia de Montanha. Para o Sindipol/ES, a falta de um pátio para guardar os veículos apreendidos é um problema que se estende para outras unidades policiais do Espírito Santo. A Diretoria do Sindicato já fez diversas inspeções em delegacias. Na Grande Vitória, veículos apreendidos são roubados dentro de pátios improvisados ou na porta das unidades.
“A falta de pátio é um problema em diversas delegacias do estado. Os carros incendiados em Montanha estavam na rua, em frente à delegacia. Deveriam estar em um local fechado e de acesso restrito”, pontuou Aloísio Fajardo, presidente do Sindipol.
Ele acrescentou que os bandidos, ao incendiarem os oito veículos apreendidos, tiveram a intenção de atacar a instituição Polícia Civil.
“Foi um ataque à democracia, pois a Polícia Civil é uma instituição que está a serviço da sociedade e do Estado brasileiro, atuando de forma constitucional, como Polícia Judiciária no sentido de reduzir a impunidade e contribuir para a redução da criminalidade”, pontuou Aloísio Fajardo. “Por isso, a importância da atuação de nossos policiais em prender os criminosos e desvendar esse delito”.
Apesar de enaltecer e elogiar o trabalho dos policiais, o Sindipol continua cobrando das autoridades uma solução para o que considera uma irregularidade, que é a de permitir que a Polícia Civil permaneça sendo responsável por custodiar materiais apreendidos com criminosos, como veículos, armas, drogas e outros.
“Solicitamos que veículos e outros anexos sejam retirados da custódia da Polícia Civil, que não tem local apropriado para armazenamento desses bens apreendidos com bandidos no dia a dia”, disse Aloísio Fajardo.
Ele sugere que a Polícia Civil firme convênio com o Tribunal de Justiça no sentido de dar um tratamento célere para a destruição de bens apreendidos. No caso de veículos, o convênio poderia permitir inclusive, o leilão dos carros.