A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou nesta terça-feira (20/08) o repasse de R$ 12.455.939,37 ao Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), no bairro Alecrim, para a construção de um bunker subterrâneo para a implantação de um acelerador linear, um dispositivo utilizado dentro do serviço de radioterapia. A previsão é que, com o investimento, sejam realizadas cerca de 21 mil consultas, 13.200 quimioterapias e 59 mil radioterapias por ano
O convênio foi assinado pelo governador Renato Casagrande e pelo secretário da Saúde, Nésio Fernandes. O Termo de Fomento nº 9086/2018 foi celebrado entre a Sesa e a Associação Evangélica Beneficente do Espírito Santo (Aebes) e compreende o repasse para as obras – que serão iniciadas imediatamente após a consolidação do acordo. Um bunker é uma estrutura subterrânea de concreto utilizado, no caso de equipamentos de radiologia, para evitar a exposição da radiação.
A obra faz parte do complexo oncológico do HEVV, e tem como objetivo humanizar e ampliar os serviços de radioterapia no Estado, gerando melhoria na qualidade do atendimento oncológico também aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O governador Casagrande ressaltou a importância dos investimentos para ampliação do tratamento contra o câncer.
“Uma doença grave como essa, que assusta a todos nós, carece de uma atenção maior de políticas públicas. É necessário dar conforto ao paciente e à família. Por isso, estamos avançando para oferecer mais qualidade no tratamento do câncer no Estado. O que nós desejamos na verdade é que nossos hospitais estejam cada vez mais qualificados para atender todas as demandas”, afirmou.
Com a implantação do equipamento, que será instalado como uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), os serviços de radioterapia serão ampliados para até 600 novos casos por ano. A unidade terá perfil de atendimento ambulatorial, oferecendo consultas, quimioterapia e radioterapia e internação inclusive para cuidados paliativos.
A previsão é que, com o investimento, sejam realizadas cerca de 21 mil consultas, 13.200 quimioterapias e 59 mil radioterapias por ano. “O Hospital Evangélico passa, a partir dessa nossa ajuda em construir o local, a cumprir um papel importante. O câncer é uma doença que exige um tratamento muito intenso e ter um hospital com a expertise em alta complexidade dá ainda mais segurança a quem precisar utilizar esse serviço”, enfatizou Casagrande.
O secretário da Saúde, Nésio Fernandes, celebrou a parceria que vai transformar a unidade em referência no tratamento de câncer.
“Estamos vivendo um momento de crise nacional, de dúvidas na economia do País, mas o Espírito Santo decide apostar na parceria com uma entidade tão respeitada, tradicional e histórica, que é a AEBES. Estar aqui hoje junto com vocês aportando esses R$ 12 milhões para a construção dessa Unacon, especificamente, para poder viabilizar os equipamentos de radioterapia, é um grande passo para a saúde pública”, disse.
Fernandes defendeu ainda a organização de toda a rede de atendimento da saúde pública, iniciando pela atenção básica como a porta de entrada principal.
“Esse hospital e outros 20 ou 30 a serem construídos não darão conta de diagnosticar câncer de forma tardia. Para um diagnóstico de câncer precoce, a tempo, é obrigatório que haja uma Atenção Básica fortalecida, grande e que seja resolutiva”, lembrou o secretário, citando que o projeto de saúde pública que vem sendo desenvolvido contempla também a Atenção Especializada e a Atenção Hospitalar.
“Poder nesse primeiro ano de Governo anunciar os projetos que temos anunciado, apontar o caminho para a transformação no modelo da saúde pública é algo que passa muita segurança e coloca a saúde pública como uma luz para o restante do País”, asseverou Fernandes.
O presidente da Aebes, Alexander Mendes Cunha, também falou sobre a parceria com o Governo do Estado: “Hoje estamos começando a construir uma nova história e junto com as colunas que começarão a ser erguidas, serão plantados também esperança para muitas famílias, muitas pessoas que sofrem, que precisam de um atendimento mais humanizado, de um acolhimento diferenciado para tratar as suas enfermidades.”