Dois secretários e um subsecretário municipal; o presidente da Câmara Municipal; dois outros servidores públicos; e um empresário presos. Este é o saldo parcial da Operação Ouro Velho, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16/05), em Guaçuí – município localizado na Região do Caparaó do Espírito Santo –, pelo Ministério Público Estadual.
A operação é coordenada pela Promotoria de Justiça de Guaçuí e pelo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul), com apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e da Polícia Militar.
O objetivo é desarticular uma organização criminosa formada por servidores públicos de setores da Prefeitura e da Câmara Municipal de Guaçuí que atuam para obter direta e indiretamente vantagem econômica com a prática de diversas infrações penais.
Até o momento, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Guaçuí e Alegre.
Foram presos os secretários Municipais Edilson de Souza Rodrigues (Agricultura) e Vanderson Pires Vieira (Educação); o subsecretário de Finanças, Arivelton dos Santos; os servidores públicos municipais Gilmar Luzente Coutinho e Jean Barbosa Souza, membros de uma Comissão de Licitação; o presidente da Câmara Municipal de Guaçuí, vereador Laudelino Alves Graciano Neto; e o empresário do ramo de transportes Carlos Magno da Silva.
De acordo com o Ministério Público Estadual, as investigações revelaram que “os integrantes da organização criminosa se uniram para combinar editais, frustrar procedimentos licitatórios e divulgar dados sigilosos, tais como quem participaria das concorrências, quais as propostas feitas e quem ganharia o certame”.
Ainda segundo o MPES, constatou-se que “as fraudes às licitações ocorriam a partir da elaboração dos editais, para permitir a vitória das partes interessadas. Há, portanto, indícios contundentes das práticas dos crimes de organização criminosa, fraude em licitação e peculato”.